segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Virada de Campeão (Na Raça)

Salve, Buteco! Há vitórias e vitórias. Domingo retrasado, por exemplo, no Pacaembu, o Flamengo venceu o Figueirense com uma atuação excepcional, cuja superioridade certamente não foi traduzida pela pouca elasticidade do placar. Ontem, ao contrário, o time não jogou tão bem, houve momentos no segundo tempo em que pareceu não ter forças para reagir, especialmente após a abertura do placar pelo Cruzeiro, mas foi justamente a reação, a raça, a recusa em perder, a vontade de disputar o título de campeão brasileiro que fez da vitória, na minha opinião, um marco na campanha até aqui. O Flamengo das temporadas anteriores teria até tentado, desorganizado e atabalhoado, uma reação que se revelaria ineficaz. Já o Flamengo de hoje, graças à consistência do elenco e ao trabalho da Comissão Técnica, especialmente do treinador Zé Ricardo, mantém os nervos sob controle e o padrão de eficiência do futebol da equipe a ponto de reverter um placar e uma situação de jogo completamente desfavoráveis mantendo-se vivo na disputa pelo título.

No início do dia comentava aqui no Buteco que considerava o Cruzeiro um adversário muito difícil. O Flamengo já teve elencos compostos por bons jogadores que renderam abaixo do que se esperava de acordo com suas faixas salariais e currículos. Algo semelhante ocorre com Cruzeiro e Internacional esse ano no Campeonato Brasileiro. Todavia, daí não se pode imaginar que serão adversários fáceis em um confronto direto, especialmente o Cruzeiro de Mano Menezes, treinador do qual o torcedor do Flamengo pode até falar o que bem entender de sua postura com o clube em razão da passagem em 2013, mas não pode negar que conseguiu melhorar o desempenho da equipe mineira nas duas vezes em que a dirigiu, contando a passagem atual.

Se durante o primeiro tempo o Flamengo, durante a maior parte, foi superior e quase abriu o placar, nos dez minutos finais começou a ceder o meio para o adversário, em um prenúncio do que seria a difícil segunda etapa. Acredito que o maior mérito do Cruzeiro ontem, a partir desse ponto da partida, tenha sido bloquear as até então bem sucedidas tabelas do meio e pontas do Flamengo, que não conseguia desenvolver seu jogo e esbarrava na primeira linha cruzeirense, tornando as chances de gol escassas.

Dos jogadores que atuaram os 90 (noventa) minutos, eu destaco o Diego, que mesmo nos piores momentos assumiu a responsabilidade e foi o cérebro do time, armando as jogadas ofensivas, e o Muralha, que efetivamente nos salvou no segundo tempo. Jorge está cada vez melhor no apoio e se posicionou em alguns momentos como meia, mas claro que preciso destacar como Mancuello é talentoso e propenso a ser decisivo, além de ressaltar que Zé Ricardo melhorou o time com as entradas do argentino e de Alan Patrick, elevando o nível da articulação ofensiva com jogadores mais talentosos.

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Não escrevi a toa que a tabela parece ser mais fácil para o nosso concorrente direto ao título, o Palmeiras. Esse final de semana foi apenas uma amostra. No próximo, enquanto os paulistas enfrentarão o Santa Cruz em Recife, o Flamengo visitará o São Paulo no Morumbi, para na rodada seguinte ambos enfrentarem times pequenos da ZR e, em sequência, o Mais Querido jogar um Fla-Flu e posteriormente fora de casa contra o Internacional, enquanto os paulistas receberão o Cruzeiro e viajarão a Florianópolis para enfrentar o Figueirense.

Futebol não se resolve com prospecções e nem adivinhação. Mas é certo que o time terá que manter as mesmas determinação e força mental demonstradas ontem em Cariacica. Estratégia na rodagem do elenco será fundamental a partir de agora com duas competições avançando para as etapas decisivas.

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Despeço-me pedindo que mandem a escalação para o jogo de volta contra o Palestino do Chile, pela Copa Sul-Americana, e digam o que esperam do confronto contra o São Paulo no Morumbi, no próximo sábado, no Morumbi.

Bom dia e SRN a tod@s.