quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Flamengo 2 x 4 Figueirense. Na conta do Zé/Jayme

E o Flamengo segue sua sina de menosprezo a competições internacionais. Não importa a grife que é eleita, as pessoas novas que entram, os grupos de associados e torcedores que apoiam a gestão da vez, que o Flamengo, instituição, literalmente caga e anda para toda e qualquer competição internacional que participa. É algo que me escapa. Antes de ser associado e conselheiro do clube, sou torcedor. E faço parte, talvez, de uma minoria dentro do clube que acha ULTRAJANTE uma comissão técnica se permitir escalar goleiro e zaga reserva em jogo de mata-mata de uma competição internacional. Escalou porque assim foi permitida pela Diretoria de Futebol, VP de Futebol, Presidência, enfim, todos os poderes afins a esta atividade do clube. E porque digo minoria? Porque não é possível que no passar dos anos a mesma postura pérfida de desprezo a um Flamengo de alcance internacional permeie todas as administrações sem que este espírito "xenófobo" não esteja misteriosamente entranhado na mente e alma dos associados que se tornam dirigentes do Flamengo nos anos que passam.

Estou cansado disso. Desta alma de derrotado. Deste desprezo explicito pelo espirito de competição, que permite a uma comissão técnica absolutamente medíocre, como muitas vezes já escrevi neste espaço, escalar um goleiro que é péssimo, e todos sabem, e uma zaga mal treinada, mal fisicamente e completamente desorientada. Um zagueirão enorme, Donatti, que perdia todas de cabeça. Juan, que a idade já pesou, com uma ancora amarrada nos pés, e junta a um goleiro ruim, que não orienta a zaga, que falha miseravelmente em qualquer bola que vá em direção ao gol. 

Zé/Jayme não satisfeito com uma zaga reserva e desentrosada, junto com um goleiro ruim, resolveu apostar no desentrosamento da proteção do meio de campo. Cuellar e Arão, finalmente diria, jogaram juntos. Cuellar combateu ali pelo meio. Mas era o único. Deu bons chutes a gol, inclusive. Mas volte e meia se mandava para frente junto com seu "companheiro de volância", o que deixava um buraco no setor. Mas Arão em noite apagadíssima, correndo sem rumo para frente, talvez deprimido pelo Tite não o ter convocado para uma seleção que por este jogo estaria longe de merecer. A Comissão Técnica também escalou Mancuello, que sabe jogar pela esquerda, colocado no centro, e Alan Patrick, que sabe jogar pelo centro, colocado pela esquerda. Junte a isto Cirino em (mais uma) péssima noite e Guerrero, jogando sem sal, dando saudades de Leandro Damião. 

Flamengo foi um bando em campo. Pareceu o Flamengo que jogou contra o Sport, com o agravante do Figueirense ter dois jogadores em noite iluminada, Rafael Moura, com fome de fazer gols no Flamengo (ainda mais motivado pelo PV no gol) e Carlos Alberto, que iniciava todas as jogadas do time, o qual a dupla dinâmica Zé/Jayme, por burrice ou inaptidão à profissão, simplesmente deixava desmarcado sem qualquer vigilância.

Flamengo mereceu perder. Mereceu ser goleado. Dois gols ridículos de bola parada vindo de trás. Fácil deixar em impedimento, certo? Não para Rodinei e Juan, que se adiantaram aos atacantes antes de cobrarem a falta! Não vou falar muito da escorregada do Donatti porque foi uma fatalidade. Infelizmente acontece por vezes. O Figueirense, a rigor, mesmo com o problema da marcação pelo meio porque a dupla Cuellar e Arão, desentrosados, deixavam vários espaços, só fez um gol em jogada tramada. O primeiro. 

De bom foi a entrada do Ronaldo (finalmente!) no segundo tempo. Mas em um momento em que o Figueirense já recuava e Carlos Alberto tinha saído. Pareceu que protegeu bem ali o miolo do meio de campo, jogando mais centralizado, como um líbero, liberando o Arão para suas maluquices pelo jogo. 

Agora o Flamengo precisa fazer dois gols de diferença. 2 x 0 contra o Figueirense em Cariacica. Dá? Dá. Mas precisa ter vontade de decidir, de querer conquistar esta vaga, e infelizmente não vejo este sentimento nesta comissão técnica amorfa que tem o respaldo de quem deveria em primeiro lugar enxergar o Flamengo como vencedor e campeão dos títulos que participa, mas não o faz.