segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Fla 12.001

Salve, Buteco! Bom dia pra você que torce pelo time que chegou à marca de 12.000 (doze mil) gols marcados ontem, 21 de agosto de 2016. Coube a Leandro Damião fazer história com a cobrança de uma penalidade máxima (existente) marcada pelo árbitro Raphael Claus, mas bem que a sua meia-bicicleta faria muito mais jus ao momento, à história e à celebração do gol doze mil. O gol coroou ainda uma estreia esfuziante do novo centroavante rubro-negro: eu, que achei que o Flamengo havia contratado um bonde, saí do estádio satisfeito com uma atuação de raça, vibração e também qualidade do nosso novo camisa 18. Boa atuação como pivô, ótimas movimentação e colocação, bons passes e excelente presença na área. Damião mostrou-se sobretudo a vontade vestindo o Manto Sagrado, que não lhe pesou os ombros. Quando essa combinação surge logo na estreia, é bom sinal. Que continue assim. Parabéns ao Damião e à Diretoria pela precisão numa contratação que parecia ser de risco.

Foi sublime estar no estádio e presenciar esse momento ao lado das minhas filhas e contra um adversário histórico (que eu particularmente detesto). A linda foto extraída do perfil do Flamengo no Twitter fica para a eternidade. Muito obrigado, Damião.

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Mas ontem também foi dia de estreia do Diego, que logo no aquecimento adentrou o gramado com os braços abertos e olhando para o céu. A energia dentro do estádio era altamente positiva e rubro-negra. A sinergia entre torcida e time esteve presente o tempo todo. O também estreante Diego jogou com o mesmo foco de Damião e também se doou dentro de campo; porém, experiente, técnico e cerebral, liderou o time logo em seu primeiro jogo e não deixou margem a dúvida de que veio pra fazer diferença.

Diego jogou até mais tempo do que se anunciou que havia sido programado, o que certamente foi resultado de sua dedicação e concentração dentro de campo. Contando com um cruzamento perfeito do lateral direito Pará, que fez excelente partida e teve o nome gritado pela torcida, Diego marcou um o gol 12.001, também muito emocionante e extremamente importante, um gol que sacramentou a vitória em um confronto direto (head-to-head) contra o histórico rival interestadual que atualmente disputa tanto a vaga no G4, quanto o título com o Flamengo.

Se o Grêmio não jogou completo (Wallace e Luan na seleção olímpica), o Flamengo também jogou desfalcado, de Guerrero e Arão, cujas ausências, porém, não foram notadas, sem qualquer crítica ao ótimo centroavante peruano e ao nosso volante multifuncional. A questão é que o Mais Querido, hoje, conta com elenco. A vitória, para mim, foi um divisor de águas e certamente dará muita confiança aos jogadores, dada a importância do confronto.

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As estreias de Diego e Leandro Damião foram simbólicas. O grupo está unido. Ambos foram evidentemente acolhidos pelos demais jogadores e se sentiram absolutamente a vontade para jogar.

No plano tático, o 4-2-3-1 ontem funcionou bem, apesar da ausência de Willian Arão, graças a um conjunto de fatores: primeiramente, a boa compactação do time; segundo, à atuação de Diego, que se movimentou muito bem e se entendeu com os meias-pontas mais abertos, Gabriel e Everton, que jogaram de forma muito intensa; terceiro, em relação aos volantes, Márcio Araújo saiu menos pro jogo (ainda bem!) e Cuéllar foi preciso nos passes.

A intensidade do time é algo a ser destacado porque três atletas não jogavam há bastante tempo: Leandro Damião e Diego, que estreavam e inclusive não tinham ritmo de jogo e entrosamento com os demais jogadores, e Gabriel, que não vinha sendo escalado e nem entrava no decorrer das partidas. Contudo, Damião e Gabriel (que correram muito) foram os primeiros a se cansar, tendo sido substituídos por Felipe Vizeu e Alan Patrick. Diego, que muito se empenhou e teve atuação destacada, demonstrou o quanto é cerebral e experiente, sendo o último dos três a deixar o campo sem aparentar qualquer sinal de exaustão.

Destaco que a entrada de Alan Patrick ao lado de Diego, dois jogadores em tese com características semelhantes e que disputariam posição dentro do esquema que vem sendo o preferido de Zé Ricardo, não acarretou a perda de posse de bola do Flamengo e nem do controle do meio de campo. Pelo contrário, Alan Patrick foi importante exatamente nesse quesito e na cadência do volume de jogo, pois naquela altura o Flamengo atacava para o lado que fervia sob o sol do meio dia.

O Grêmio saiu um pouco mais pro jogo no segundo tempo e um vacilo da defesa ainda lhe permitiu um sopro de esperança logo após o segundo gol, mas o Flamengo não chegou a ter a vitória ameaçada. Um aspecto que precisa ser aprimorado é a finalização. No primeiro tempo, em que pese o mérito do ótimo arqueiro Marcelo Grohe, do Grêmio, o Flamengo poderia ter descido ao vestiário com 2x0 se Everton fosse mais preciso no fundamento. A rigor, um placar que deveria ter sido elástico acabou terminando apertado e não simbolizando a realidade do jogo como um todo.

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Quarta-feira é dia de estreia na Sula, uma espécie de aperitivo e preparação para a Libertadores. O adversário é o Figueirense no Orlando Scarpelli, estádio no qual o Flamengo foi derrotado no primeiro turno do Brasileiro pela contagem mínima tendo bem mais volume de jogo.

Mandem as escalações e principalmente digam o que fariam se estivessem no lugar de Zé Ricardo em relação à rodagem do elenco, eis que a maratona começou.

Bom dia e SRN a tod@s.