segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Vivendo a História

Salve, Buteco! Nada mais tipicamente rubro-negro: há dois meses atrás, falar em G4, em igualar a marca do Flamengo da Geração Zico no quesito número de vitórias consecutivas em um campeonato brasileiro, em sonhar com algo mais seria insensatez, bobagem, utopia, devaneio, quem sabe politicagem. De uma hora pra outra, o fio desvira, o time começa a atropelar todos os adversários que encontra pela frente, a torcida, o Manto Sagrado e o time dentro de campo entram em sintonia, em sincronia, fazendo os adversários tremerem e derrubando todos os prognósticos desfavoráveis. Nada pode ser mais grandioso, nada pode ser mais intenso. Será que um dia o Flamengo voltará a ser um clube estável e equilibrado no desempenho do futebol profissional? Será possível atingir esse patamar de estabilidade e equilíbrio sem perder o poder do rolo compressor, de se transformar em uma força da natureza impossível de ser contida?

Estamos vivendo a boa história, aquela que será lembrada e contada com saudades e nostalgia. Curtam o momento e aproveitem cada instante. O futuro que nos aguarda é grandioso, não tenho dúvida.

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O elenco roda, reservas são utilizados, alguns em relação aos quais a torcida passou a desconfiar de comportamento extracampo duvidoso, e o padrão de jogo não muda, tampouco o ótimo nível de qualidade do futebol, assim como o resultado final. Sinal de que o esquema tático foi assimilado por todo o elenco. O momento é realmente especial. Todavia, Oswaldo deve estar atento à natural tendência do time começar a se sentir invencível e invulnerável, quando o que podemos constatar é que ainda pode evoluir em vários aspectos, dentre os quais aumentar o tempo de jogo em que consegue jogar em alto nível. Alguns toques de efeito e até algumas firulas passaram a impressão, verdadeira, de que o time poderia ter se dedicado a ser mais objetivo, de modo a definir o placar mais cedo. Nem por isso se deve fechar os olhos para a realidade de que o time apenas começou a jogar em alto nível e o elenco apresenta jogadores em estágios diferentes de ritmo de jogo e condições físicas. O desafio é passar a produzir o melhor por mais tempo dentro da mesma partida. 

Ontem pareceu-me que Oswaldo fez as substituições certas, porém demorou um pouco mais do que devia para tanto, o que custou um cartão amarelo para Jorge, que não estava bem no jogo. A demora permitiu à Chapecoense ameaçar "gostar do jogo" no segundo tempo, o que nos leva a concluir que, se fosse um adversário mais qualificado, o placar favorável poderia ter sido comprometido. Contra Santos e Palmeiras algo semelhante ocorreu e deve servir de lição.

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Quinta-feira o Mais Querido vem à minha Brasília, quando infelizmente estarei fora da cidade por motivos profissionais. Oswaldo já anunciou que só contará com a volta de Guerrero no domingo, o que, somado ao retorno de Alan Patrick, permitirá a escalação do time em sua formação próxima à forma máxima, com a exceção de Emerson Sheik, afastado por contusão muscular. Por enquanto, contra o Coritiba, claro que o bom Kayke pode dar conta do recado. Mas nada de pensar no Atlético/MG no domingo. Não é preciso ser agraciado pela Providência Divina com o dom da percepção extra-sensorial para constatar que o Coritiba deverá se postar na defesa e tentar, se possível, alguma sorte nos contra-ataques. Para vencer será preciso ainda mais foco e vontade de subir na tabela. O próximo adversário será sempre o mais difícil, já que o Flamengo passará naturalmente a ser estudado e a assumir o posto de adversário a ser batido pelos rivais.

Como de praxe, ajudem Oswaldo a escalar o time ideal.

Bom dia e SRN a tod@s.