quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Passagem neutra pelo BR15



"Fora Cristóvão" é uma das expressões que mais circulam pelas redes sociais, ruas, pés sujos, praias e butecos. Parece um mantra e a medida mais cômoda a ser adotada como de outras vezes. A lamentar o fato que não tem solucionado lhufas no Flamengo. Foi assim com um elenco de treinadores nos últimos 15 anos, quase duas dezenas, com resultados insignificantes na maioria dos casos e danosos para o clube;

Lembra o pai que culpa o professor pelos boletins avermelhados do filho. Compadecido, o diretor da escola substitui o tio João pela tia Joana e as notas do filhote continuam a navegar abaixo da média da turma, enquanto o paizão velho de guerra não se toca em levar o belo pimpolho a um especialista para avaliar se o problema não é de visão, audição ou até mesmo de atenção, eventos geralmente sanados com tratamentos peculiares a cada caso;

Primeiramente, como frisado, a troca de treinadores nos tem oferecido resultados cujo somatório não é positivo, basta constatar que seguimos, mais uma vez, próximos da Zona de Rebaixamento e o time não deslancha nem dentro de casa com uma multidão o empurrando na direção da vitória;

"Segundamente", se é para mudar que seja radicalmente da cabeça aos pés, da base aos profissionais, com todas as divisões entregues a um treinador estrangeiro e sua trupe, sem medo de sermos (in)felizes, gente aquela afeita a desenvolver trabalhos a médio e longo prazos e a diretoria tem que segurar a barra de quem vier trabalhar e transformar o futebol rubro-negro através de modelos de gestão inovadores no clube, com cada macaco pendurado em seu galho, disciplina, treinamento físico e tático aliado ao talento nato do jogador brasileiro, para que ele se desenvolva e chegue pronto nos profissionais, sendo fruto de uma transição natural isenta de oba-oba;

Na realidade atual, em duas oportunidades viajei nas asas da imaginação no atual Campeonato Brasileiro para ver o Flamengo embalar na competição e perdi em ambas. Na primeira, sonhei de olhos abertos no início de jornada contra o São Paulo, Avaí e Sport, apostando nos nove pontos e saindo com apenas um, com a decolagem abortada. Na segunda, atualmente, contra o Santos e, a seguir, Ponte Preta e Atlético PR também cravei três vitórias e já perdi dois pontos logo no primeiro confronto, além das esperanças dispersadas pela atuação do time no 2o tempo contra os santistas;

Depois de sair de cabeça baixa, mais uma vez, do Maracanã, concluo que o Flamengo fará uma passagem neutra no Brasileirão, sem título, sem G-4 e sem rebaixamento. Fica para a próxima, digo conformado, a oportunidade como uma flecha passou e já redireciono minhas energias para o tetra da Copa do Brasil;

É o que restou dessa festa e nem posso colocar a culpa na falta de tempo, que foi farto e muito mal aproveitado em todos os sentidos, da preparação do time às contratações efetuadas.

SRN!