segunda-feira, 13 de julho de 2015

A Consagração da Passividade e da Incompetência

Prezad@s amig@s do Buteco, eis a campanha do Flamengo como mandante, no Maracanã, no Campeonato Brasileiro da Série A/2015: 6 (seis) jogos, 1 (uma) vitória, 1 (um) empate e 4 (quatro) derrotas, com 6 (seis) gol marcados e 12 (doze) sofridos; 4 (quatro) pontos conquistados em 18 (dezoito) disputados. Não me recordo na história das participações em Campeonatos Brasileiros de um início tão ruim, que consagra a incompetência da atual gestão no futebol profissional do clube, bem como sua passividade e quase indiferença em relação ao momento vivido. Para o presidente Eduardo Bandeira de Melo e seu Conselho Gestor, marca da gestão "Blues", enfrentar o Corinthians com o time enfraquecido e correr o risco da humilhação no gramado do Maracanã parece se tratar de situação absolutamente corriqueira e irrelevante. 

Um exemplo para explicar: não me sinto com informações suficientes para avaliar com precisão se os atletas Guerrero e Emerson Sheik teriam que pagar alguma multa para atuarem na partida de ontem, considerando a versão de que em seus distratos pessoais com o Corinthians foi estabelecida multa para o caso de suas participações no jogo; mas não era o caso de questionar judicialmente? E que acordo é esse no qual o Flamengo paga pelos jogadores e não pode usá-los? Como se isso não bastasse, surpreendeu-me também, dada a previamente anunciada postura de "honrar o acordo", como Eduardo da Silva foi tranquilamente  dispensado do Flamengo durante a semana que antecedeu o jogo, como se sua presença fosse desnecessária e o elenco estivesse repleto de jogadores de seu nível (que na prática nem se mostrou dos mais empolgantes e regulares), e como se a dispensa não pudesse ser adiada para momento posterior, já contando com Guerrero e Sheik sem a "proibição" da diretoria corinthiana. Entra então o time em campo sem atacantes de referência na área, e sofre uma goleada humilhante que ficará marcada na história, inclusive pelo contexto em que se deu, até com o hino do adversário sendo tocado no estádio antes da partida.

A consagração da passividade e da incompetência.

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Em três anos de "gestão", o Departamento de Futebol teve sete treinadores, contando o atual, e três diretores executivos. Como resultado, o time (?) tem hoje um meio de campo dependente do apenas razoável argentino Hector Canteros, único jogador com alguma capacidade de criação. Por isso mesmo, esse time provavelmente será capaz, quando muito, de apenas evitar um temido rebaixamento para a Série B, mas não uma campanha repleta de humilhações. Ocorre que, se antes a necessidade premente de equacionar o quanto antes a balança financeira do clube efetivamente impedia a formação de um time com melhor qualidade técnica, hoje, apesar da existência de dinheiro em caixa para contratar um bom reforço para o meio campo - e as declarações do ex-vice presidente de futebol Alexandre Wrobel, assim como a proposta feita ao Corinthians e a Elias são provas cabais disso -, o final da janela internacional de transferências se aproxima com o presidente Eduardo Bandeira de Melo e seu Conselho Gestor, de forma arrogante, apática, passiva e esnobe, apenas assistindo o time se arrastar e ser humilhado dentro de campo, enquanto, insisto, o clube tem dinheiro em caixa para se reforçar.

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Há quase 7 (sete) anos administrando esse Blog e acompanhando de perto a relação da torcida com o time e o clube por via das redes sociais, posso afirmar com convicção que a esmagadora maioria dos torcedores compreende o esforço e o brilhante trabalho feito fora das quatro linhas para recuperar financeiramente o clube, assim como reestruturá-lo em nível administrativo, e ainda que se trata de um esforço para que frutos possam ser colhidos no futuro. Cada vez maior, porém, é o número de torcedores que apoiaram essa gestão desde sua concepção, ainda como proposta para o clube, e que estão absolutamente indignados com a incompetência, a passividade, a indiferença e a falta de brios da Diretoria na gestão do Departamento de Futebol. 

Os sucessivos vexames aos quais o time tem se submetido não são etapa necessária para a execução do planejamento administrativo e financeiro do clube. Longe disso. A desastrosa gestão do Departamento de Futebol está levando o time a uma perda de identidade talvez inédita em sua história, transformando-se em presa fácil e entregue dentro do Maracanã.

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Tudo bem, preciso falar do treinador. Antes de qualquer coisa, respondam-me honestamente: dentre os nomes disponíveis no mercado, quem vocês acham que faria algo substancialmente melhor do que Cristóvão vem fazendo com esse elenco? Quero nomes, por favor, e também como o Flamengo melhoraria taticamente trocando de treinador.

Sobre o esquema tático e o time, inclusive pela qualidade sofrível do meio campo diante de um dos melhores times do país, argumenta-se que a equipe sabe jogar apenas no contra-ataque, assertiva com a qual concordo, porém não foi a postura adotada pelo Flamengo em campo. A quantidade de gols sofridos e o desempenho da defesa decorrem da postura tática do time? Seria essa postura tática (tentativa de 4-2-3-1) incompatível com o nível técnico do grupo? A palavra está com vocês.

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Pra finalizar, como de praxe, mandem a escalação para o jogo contra o Náutico em Recife na quarta-feira.

Bom dia e SRN a tod@s.