segunda-feira, 6 de abril de 2015

Com as Mãos na Taça Guanabara

Salve, Buteco! Que tal colocar as mãos na taça com goleada sobre o Fluminense, mesmo jogando com cinco desfalques, e para completar o Vasco perdendo levando cinco gols da Friburguense? Só faltou o Madureira não rebolar para a festa ser completa. Noite épica. Com a provável conquista, o Flamengo ampliará sua vantagem em número de títulos na Taça Guanabara e chegará às finais como favorito, como não poderia deixar de ser. Agora é torcer para o Departamento Médico recuperar os contundidos, o que deixará o time bem mais forte e tornará improvável qualquer surpresa. Em um contexto de normalidade, nenhum dos adversários tradicionais e nem o próprio Madureira parecem estar em condições de tirar esse título do Mais Querido.

Sim, a liderança na última rodada da Taça Guanabara evidencia a superioridade do nosso elenco até aqui no campeonato. Alguns pontos, contudo, podem ser corrigidos pelo Luxemburgo para essas finais e principalmente para o Campeonato Brasileiro que daqui a pouco começa, afinal de contas, o time está bem mais seguro defensivamente, mas ainda falta bastante desenvoltura na criação das jogadas ofensivas. Ontem, apesar dos desfalques de Éverton e Canteros terem sido muito sentidos, faltou mais capricho dos jogadores de meio campo nos lançamentos para aproveitar a velocidade do nosso contra-ataque. Os espaços existiam e, a despeito do placar, poderiam ter sido muito melhor aproveitados. Nem por isso os pontas Cirino e Gabriel devem ser absolvidos pelas atuações apagadas, pois quando lançados produziram pouco. O campo pesado, especialmente no primeiro tempo, pode ter atrapalhado, mas ficou a impressão (ao menos para mim) de que faltou algo mais quando sucumbiram várias vezes à marcação. A crítica pode até parecer exagerada, dado o placar, porém o time precisa aprender a aproveitar com a máxima eficiência contextos favoráveis em partidas como ocorreu ontem.

Também é preciso lembrar que o time jogou a maior parte dos noventa minutos com um jogador a mais e mesmo assim em vários momentos se deixou pressionar pelo Fluminense, sem aproveitar os espaços para o contra-ataque. Novamente ressalto o prejuízo causado pelos desfalques nesse ponto, mas a verdade é que a pouca produção ofensiva do meio com dois volantes mais marcadores (Jonas e Márcio Araújo) e com Luiz Antonio sem inspiração um pouco mais a frente foi o ponto negativo do time.

Achei que os cartões amarelos de Bressan e Márcio Araújo foram forçados já mirando as semifinais, mas no caso de Jonas, que não estava pendurado, houve afobação mesmo, algo desculpável pelas juventude e inexperiência, mas que precisa ser corrigido. É claro que o golaço prevalece, mas é sempre bom evitar ter que sair no intervalo para não ser expulso.

No final das contas, ao meu ver fica cada vez mais clara a necessidade de reforçar o elenco na parte de criação, mesmo considerando os desfalques, pois se com o time titular o problema já existe, com uma formação parcialmente reserva no meio ele acaba se tornando latente. Essa pode ser a diferença entre o topo da tabela no Brasileiro e apenas uma campanha melhor do que a do ano passado, sem sustos.

Pelo lado tático, eu faço @os amig@s a seguinte pergunta: Alecsandro está em boa fase, marcando em praticamente todas as partidas, mas Cirino rende melhor solto pelo ataque ou aberto pelas pontas? Se Paulinho e Everton se recuperarem a tempo das finais, valeria a pena voltar à formação sem centroavante fixo?

***

Com a classificação garantida, @s amig@s acham que Luxemburgo deveria utilizar o "quase amistoso oficial" contra o Nova Iguaçu na quarta-feira como uma última oportunidade privilegiada (provavelmente no ano) para testar alternativas na escalação e na formação tática? Por exemplo, não seria o tipo de partida ideal para colocar em prática a ideia já testada nos treinos de Lucas Mugni jogar como segundo volante? Será que vale promover a volta de Canteros com a classificação para as finais já garantida? O mesmo raciocínio vale, ao meu ver, para outros jogadores importantes como Cirino, Gabriel e o próprio Alecsandro. Qual deles vocês poupariam? De suas partes, os jogadores mais jovens, como Jorge, Jajá e Douglas Baggio também poderiam ter oportunidades, quem sabe Jorge desde o início e os demais ao longo da partida? Há sentido em dar oportunidades apenas ao Thallyson?

***

Não me pareceu que o Fluminense tivesse forças para, mesmo jogando com onze, superar o Flamengo ontem. Porém, o contexto da expulsão de Fred foi muito esquisito e me pareceu forçado para tirá-lo do jogo contra o Madureira. Não que esse fato me cause depressão, mas espero que a Diretoria, a Comissão Técnica e especialmente os jogadores estejam atentos e concentrados nas finais, de modo a evitar que o mesmo ocorra conosco, pois somando esse fato aos três pênaltis marcados apenas ontem em favor do Vasco da Gama não temos o direito de deixar de notar as manobras extracampo da FERJ e do nefasto presidente dos vices.

Bom dia e SRN a tod@s.