O Ano Novo ainda mostrava ao distinto público a sua reluzente face quando recebi um dos melhores presentes dos últimos tempos, em letras nas cores rubro-negras, vindo das páginas esportivas da Folha de São Paulo e elaborado pelo jornalista Paulo Vinícius Coelho a respeito de algumas observações do empresário Eduardo Uram, segundo o qual "Ninguém está prestando atenção, mas daqui a dois anos o Flamengo será muito forte";
Para o PVC, a percepção do empresário era de que "o rubro-negro está pagando dívidas e salários em dia. Diferentemente de outras épocas –e de outros clubes–, a Gávea virou um bom lugar para se trabalhar";
E o jornalista arremata, no ângulo, sem defesa para os que remam contra a maré, adeptos sabe-se lá os porquês do quanto pior melhor : "....O Flamengo virou um clube sério";
É o sonho sonhado sendo materializado sob as nossas barbas, usando-nos como testemunhas de uma reviravolta estrutural espetacular, que terá como consequência a médio prazo um forte time de futebol dentro de campo envergando o nosso manto, colhendo mais vitórias e títulos para o glorioso acervo da Gávea;
Esse movimento de reconhecimento dos novos tempos começou timidamente com uma notinha no pé de uma matéria qualquer, depois em manifestações de alguns jornalistas aqui, outros ali e com forte apoio de uma grande parcela da torcida desde as eleições dos Azuis, tanto no verbo quanto na ação traduzida na adesão aos vários programas de reerguimento do clube, como o Programa de Sócio - Torcedor. Uma galera que manteve ( e mantém) a esperança na formação de uma grande equipe de futebol a partir das transformações no organismo do clube, o que já está refletindo positivamente na atração de empresários interessados nas parcerias em investimentos para que seus jogadores vistam a camisa do Flamengo. A cereja do bolo é o desejo de vários atletas que tal fato se torne realidade;
Fica a certeza de que o Flamengo ainda não atingiu o seu potencial, falta muito para isso e é difícil mensurar o seu limite de crescimento apesar de saber que vamos longe nessa empreitada, mas para quem vivia com o pires nas mãos, escondendo-se até de pequenos credores, face transações efetuadas acima de sua capacidade e não honradas, o salto foi muito alto em apenas dois anos, lavando a sujeira da cara do torcedor muitas vezes esportivamente humilhado;
Há adversários que elogiam, pois é um exemplo para a administração dos seus clubes que trilham o inverso caminho da insolvência e há rivais que tremem, pois sabem que suas hegemonias feitas em castelos de areia estão prestes a se desmantelar. A ponta da fortificação edificada sobre rochas começa a despontar por entre as ondas do futebol brasileiro com nome e sobrenome: Clube de Regatas do Flamengo. E a colheita será farta e duradoura.
SRN!
