Continuando com o balanço do ano rubro-negro de 2014, depois
de falar sobre a temporada melancólica do futebol, hoje veremos de que forma se
comportaram algumas das demais áreas e departamentos do clube.
Escolhi o jurídico para
começar por ser um departamento que vem desenvolvendo um trabalho que deveria
ser considerado exemplar pelo resto do clube. A eficiência demonstrada pelos
números divulgados pela vice-presidência aos sócios e torcedores a cada seis
meses é digna de nota. Não menos notável é a preocupação de construir dentro do
clube uma base de conhecimento jurídico que não dependa de pessoas específicas,
gerando uma base de conhecimento e jurisprudência inestimável para o Flamengo
Desde 2013 os advogados
rubro-negros vêm obtendo bons resultados e reduzindo pouco a pouco a exposição
do clube aos famosos “esqueletos” encontrados em nosso tenebroso passado. O até
hoje não explicado caso André Santos, é o grande senão do departamento e,
convenhamos, não se trata de um erro pequeno. Ainda que a vitória venha no
processo movido pelo Flamengo no CAS, na Suiça, o risco corrido é injustificável,
sob todos os aspectos. Deixo para o amigo do Buteco a pergunta: É um erro que
invalida todos os acertos do departamento, que não são poucos nem pequenos?
Junto ao jurídico, outro
departamento rubro-negro que merece destaque é o departamento financeiro. Por
coincidência, o departamento que atuou junto ao jurídico naquele que foi seu
grande equívoco em 2014, a venda do Hernane.
É óbvio para qualquer um
que conheça um pouco de futebol que a saida do Brocador era, antes de tudo, um
desejo do próprio, muito justo por sinal. Aos quase 30 anos, após um final de
temporada brilhante seguido de um início cheio de lesões no ano seguinte, talvez
não tivesse outra oportunidade igual. Além disso, quem conhece as finanças do
Mais Querido, sabe perfeitamente como o clube necessita de receitas. Mesmo
assim, ninguém esperava que o Flamengo levasse a volta que levou dos árabes.
Especialmente para uma diretoria com ampla experiência em negociações
complexas, ficou para os torcedores uma impressão ruim.
Tirando esse tremendo
vacilo, o departamento financeiro do Flamengo seguiu marchando firme em direção
a reconstrução econômica do clube. Independente da opinião de cada um sobre a
política de austeridade, os resultados são inegáveis conforme explicado no excelente
blog do Benny Kessel, que faz análises financeiras dos clubes brasileiros.
Mas se existe um
departamento no Flamengo que vem sendo referência em gestão é o de esportes
olímpicos. O caminho percorrido, de praticamente inviável no início de 2013 até
aqui, com modalidades caminhando para a auto-sustentabilidade a passos largos,
deixa entusiasmados mesmo aqueles rubro-negros que só se importam com o
futebol.
Desde o início do ano, com
o projeto “Anjo Da Guarda” o Mais Querido avançou de forma irresistível de
volta a seu lugar como a grande potência do esporte olímpico brasileiro. A
aprovação de diversos projetos incentivados em todas as esferas públicas foi
resultado do árduo trabalho desenvolvido pelo departamento para garantir que o
Clube estivesse adequado a todas as exigências da legislação. Conjugado com o
controle rígido do departamento de finanças, essas ações levaram ao CRF
recursos com os quais só poderíamos sonhar em outros tempos. A maior parte vem
servindo para reformular a estrutura física do parque olímpico rubro-negro e
deve seguir a pleno vapor no ano que vem.
E o basquete, em especial,
foi um show à parte. O que dizer de uma temporada em que o Flamengo venceu
todos os campeonatos que disputou? Um exigente fã do esporte da bola laranja
poderia lamentar que não conseguimos vencer nenhum jogo na NBA, apesar de termos
conseguido fazer jogos disputados contra alguns dos melhores times do mundo.
Mas se esse mesmo fã é realmente rubro-negro ele se sentiu vitorioso vendo que
o Orlando Magic jogou praticamente “fora de casa” em seu próprio ginásio com a torcida
rubro-negra cantando a plenos pulmões e empurrando o Orgulho da Nação.
Semana que vem vamos ver o
que não deu certo neste ano de 2014. Comunicação e coordenação política principalmente.
abraços, SRN e um
Feliz Natal para todos!