sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Tentando ajudar

Não há dúvidas de que o Flamengo 2014 é um desastre que vai se alastrando de dentro para fora do campo. A cada partida, especialmente nas derrotas, o fraco desempenho do time se torna o combustível para que críticas sobre todos os aspectos que envolvem o clube comecem a eclipsar a parte do trabalho no qual a diretoria rubro-negra se saiu bem até aqui. 
 
Para combater o desânimo, resolvi tentar pensar em uma forma de fazer o time funcionar, começando por arrumar o problema que me parece mais urgente: Temos a pior defesa do campeonato. Enquanto não parar de levar gols estúpidos, o time não vai ter tranquilidade nem confiança para se impor a nenhum adversário, o que deve inviabilizar qualquer trabalho de maior complexidade. A idéia é fazer o simples, estabelecer um sistema de jogo seguro, com uma defesa forte e uma jogada simples para a transição ofensiva. Apenas uma, que se bem executada, pode nos trazer vitórias simples, mesmo contra adversários mais fortes.  
 
Para o que curtem os números e os campinhos táticos, a formação sugerida é o 4-1-4-1, lembrando sempre que, no futebol moderno, a disposição tática tem muito mais importância na defesa e na ocupação dos espaços. Os nomes serão sempre questionados, mas o mais importante da proposta é, essencialmente o posicionamento e a movimentação. Reiterando que, seguindo a prioridade definida anteriormente, o foco da escalação proposta é fazer o time se defender com segurança e definir com clareza uma saída rápida para os contra-golpes.
 
O quadro abaixo apresenta a proposta da disposição do time, seguido do motivo pelo qual cada jogador foi escalado e com as sugestões de reposição:
 
 
 
Felipe: Simplesmente por falta de opção já que confio menos ainda no Paulo Victor e acho injusto colocar o César como titular com toda a pressão do time de lutar contra o rebaixamento. Usaria nosso terceiro goleiro como titular na Copa do Brasil, para vê-lo em ação de verdade, provavelmente em dois (ou mais) jogos com estádio cheio.
 
Leo Moura: é o único lateral direito do elenco em condições de jogo além de ter liderança dentro do grupo e ser ídolo de parte da torcida. Em último caso, ele sempre joga melhor mais pro fim do ano, quando está chegando a época de renovar o contrato...
 
Wallace e Samir: Formam uma boa dupla, razoavelmente segura e já tem entrosamento. O Marcelo foi uma grata surpresa nesse pós-copa e o Chicão ficaria como a quarta opção.
 
João Paulo: Porque não temos outro lateral esquerdo no elenco. Se for suspenso ou se machucar, deslocaria o Samir para fazer uma lateral exclusivamente defensiva, entrando o Marcelo na quarta-zaga.
 
Cáceres: Tem boa movimentação à frente da zaga e é forte nas jogadas aéreas tanto defensivas quanto ofensivas. Pode ser substituído naquela posição pelo Amaral, com pouco prejuízo na movimentação e no fechamento de espaços.
 
Everton: Pode jogar pelo meio, desempenhando o papel que fazia no Atlético-PR em que se destacou pela velocidade e por se deslocar tanto pelo meio quanto pela lateral.
 
Canteros: É o volante mais técnico do elenco, com visão de jogo e bom passe
 
Paulinho: Para jogar aberto na ponta e voltar acompanhando o lateral. Foi útil e se destacou jogando desta forma no ano passado e um fiasco em qualquer outra posição em campo. 
 
Mugni: complementa o desempenho do Everton pelo lado esquerdo, alternando as jogadas pela lateral e pelo meio, fazendo inversões de posicionamento ofensivo com o camisa 22. Poderia ser substituído pelo Gabriel, que jogaria pela direita passando o Paulinho para o lado esquerdo.
 
Alecsandro: Porque é o único centro-avante do elenco. Se o Eduardo da Silva tiver condições físicas, seria o meu titular.
 
Para que o sistema funcione, é fundamental que a linha defensiva se comporte de forma bem coordenada, preenchendo os espaços ao longo da linha da grande área. Quando o adversário tiver a bola, toda a defesa deve se movimentar em conjunto, bloqueando as linhas de passe e ocupando todo o espaço da entrada da área. 
 
 
 
O primeiro combate caberá ao atacante, Alecssandro ou talvez Eduardo da Silva, se tiver condições físicas para essa função. Ele deve se movimentar na intermediária fechando as opções de passe do adversário que estiver com a bola.
 
 
 
Se um dos laterais precisar sair para bloquear uma jogada nas pontas, o zagueiro daquele lado cobre seu setor, e o Cáceres (Amaral) ocupa a posição do zagueiro pelo meio da área.
 
 
 
 



A chave para os contra-ataques está no posicionamento do Alecssandro, que deve estar sempre atento para receber o primeiro passe quando o time retomar a bola. A ele caberá fazer a primeira parede para que os dois volantes possam puxar a transição ofensiva com o ponta que deve partir em velocidade para abrir o contra-ataque, sempre pelo lado oposto ao da roubada de bola:
 
 
 
É uma proposta bem simples mesmo, fácil de ser assimilada, mas que depende de muito treino para ser bem executada. Cansamos de ver times fracos surpreenderem outros mais fortes e, sinceramente, se tirarmos os óculos da derrota – sempre péssima conselheira – veremos que não temos elenco para estar na lanterna. Nosso time, de novo, TIME, talvez seja o pior, mas isso se corrige com treino e dedicação. Talvez o problema seja tempo, afinal, se treinar muito, quando vão acontecer os recreativos?
 
abraços a todos e SRN!