segunda-feira, 5 de agosto de 2013

E Brasília Não Falha!

Buongiorno, Buteco! Ontem, logo após o término do jogo, o Presidente Eduardo Bandeira de Mello conversava com torcedores de seu camarote. A simpatia e a humildade em forma de pessoa. Só precisei chamar "Presidente, é para o Buteco do Flamengo!" E o nosso estimado EBM virou-se imediatamente e posou com esse sorriso para vocês, satisfeito com a galinhada que saboreamos ontem no Mané Garrincha. E que galinhada! Temperada ao sabor da cachaça que ainda parece "ressacar" os jogadores do Atlético/MG, a vitória por 3x0 restaurou a confiança do time, a autoestima do torcedor e trouxe o alívio por nos tirar da Zona do Rebaixamento, além de frustrar os neuróticos atleticanos, que tinham a vitória como favas contadas, confiantes no campeão da Libertadores da América. Um verdadeiro alento, portanto. Para completar, a Diretoria anunciou preços um pouco mais baixos para o jogo contra a Portuguesa, na quarta-feira, o que, quem sabe, somado à vitória, pode ajudar a levar um bom público ao Mané Garrincha na quarta-feira e trazer mais três pontos para o Mais Querido, que assim poderá chegar ao Fla-Flu em posição mais confortável. Ao Presidente EBM, os meus cumprimentos por ser tão equilibrado, sereno e atencioso com os torcedores. É o líder perfeito para o momento que o clube atravessa.

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A análise tática desse jogo não é fácil, amigos. Encontrar a justa medida entre a retomada do equilíbrio, almejada por Mano Menezes, e as facilidades que o Atlético/MG proporcionou durante a partida, especialmente no primeiro tempo, não é uma tarefa simples. No primeiro tempo tivemos um Atlético/MG tão disperso, sem combatividade que não encontra parâmetro nem mesmo entre os mais fracos adversários do campeonato estadual. Apesar disso, seria injusto negar que Elias e Luiz Antonio deram outro equilíbrio ao meio campo, tanto defensivamente, ao auxiliarem Cáceres a proteger a zaga, que, menos exposta, praticamente não falhou, como também ao carregarem o time ao ataque. Foi assim que Luiz Antonio deu ótimo passe para Marcelo Moreno no primeiro gol e que Elias concluiu de fora da área para marcar o segundo, após ótima triangulação com Gabriel e Nixon.

Elias e Luiz Antonio são volantes que têm habilidade suficiente para dar bons passes, enfiar bolas e até concluir em gol, como ficou provado ontem durante toda a partida. Luiz Antonio, inclusive, se tiver uma sequência, tende a subir muito de produção. Mano parece estar encontrando a melhor formação para o meio de campo de acordo com s peças que tem a sua disposição no elenco. Longe de ser o ideal o time jogar com três volantes, num elenco em que os meias são jovens demais ou vêm de centros menores e estão em processo de amadurecimento ou adaptação, e existindo ainda o Carlos Eduardo, esta parece ser a única solução viável no momento.

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No segundo tempo o Atlético/MG teve outra postura. Muito embora ainda não tenha sido sombra do time campeão sul-americano, também pelos sérios desfalques, chegou em muitos momentos a encurralar o Flamengo. Faltaram ao Flamengo saída de bola e articulação no meio campo para explorar os grandes espaços que foram deixados no setor defensivo do adversário. Oportunidades do Atlético/MG inclusive foram criadas, até que, em um lance isolado, Rafinha foi lançado por González e passou para Paulinho, que, com as baterias recarregadas, driblou Victor e sacramentou a vitória.

Vibração da galera, catarse pelos três pontos, mas novamente ficou claro que, apesar da importante goleada, o jogo não pode ser tomado como referência absoluta, seja porque o Atlético/MG jogou desfalcado, seja porque seu time "ainda não voltou" da conquista da Libertadores, ou ainda porque, mesmo com a vitória, e especialmente no segundo tempo, as mesmas deficiências do time novamente puderam ser constatadas - dificuldade em manter o ritmo do primeiro tempo, falta de articulação no meio de campo e de poder de finalização.

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Nixon: nunca será um craque, mas também não é ruim como alguns sustentam. Pode ser um bom jogador de elenco. Ontem poderia ter se consagrado. Perdeu um gol inacreditável e quase marcou um outro belíssimo, acertando o travessão. Teve oportunismo e boa colocação no primeiro gol. Precisa de orientação para fugir da linha de impedimento e não se perder no acompanhamento das jogadas e do ritmo do jogo.

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Os reforços continuam sendo necessários e o jogo contra a Portuguesa terá outro perfil. Acho até que será bem mais difícil. A Bigoduda não proporcionará as mesmas facilidades que o desfalcado e pálido Atlético/MG. Novamente a Nação terá que fazer o seu papel e levar o time nos braços para a conquista de mais três pontos.

Bom dia e SRN a todos.