terça-feira, 28 de maio de 2013

Grandes Decisões

O Campeonato Brasileiro de futebol é a competição que mais gosto de assistir, por suas rivalidades estaduais, regionais, nacionais postas num país continental de grandes diferenças e tradições futebolísticas, além de torcidas de massa. Sou favorável ao nacional de pontos corridos, ponto, mas o formato das classificações para os torneios continentais e o acesso e descenso de um modo geral não me agradam. Atualmente o Brasil tem direito a cinco vagas na Taça Libertadores, quatro vagas na taça sul-americana e a zona do rebaixamento tem 1/5 dos participantes do campeonato, absurdo para se manter a “emoção” e a “competitividade”. Deveriam ser no máximo três clubes rebaixados na primeira divisão para a segunda, e sim, quatro da segunda para a terceira e da terceira para a quarta.

Em minha opinião a CBF tem a obrigação de pressionar a Conmebol para uma reformulação naformulade disputa das competições sul-americanas, mas isso é uma questão passada (e já postada). Focarei no Campeonato nacional e na Copa do Brasil, por isso, a disputa do campeonato nacional deveria se dar prioritariamente aos sábados e domingos (com a Copa do Brasil no meio da semana), se possível com a com “inversão” para o calendário mundial, já que apenas o Brasil e pequenos países jogam Janeiro/Dezembro (a Rússia passou para Agosto/Maio  este ano). O primeiro mês do ano profissional seria obrigatoriamente de pré temporada, Janeiro ou Julho. Pressupondo uma nova periodização para a disputa da Copa Libertadores e da Taça Sul-americana, ao longo da temporada (com a Libertadores na 3ª e 4ª feiras e a Sul-americana disputada na 5ª, da “semana continental”). As novas regras já poderiam valer para no mínimo 2015, mas o ideal que fossem para 2014.

Campeonato Brasileiro – Agosto/Maio (Fevereiro/Novembro) – 38 Rodadas com jogos apenas aos sábados e domingos (Apenas duas exceções em Janeiro ou Agosto com jogos no meio da semana. Os exemplos de datas abaixo, tem como referência, o domingo e já estão adequadas ao calendário 2014/2015.

Primeiro turno – 19 jogos
3º, 4º, 5º – Agosto
1º, 3º, 4º, 5º – Setembro (2º Final de semana, de sexta a quarta-feira, data Fifa)
1º, 3º, 4º, 5º – Outubro (3º Final de semana, de sexta a quarta-feira, data Fifa)
1º, 3º, 4º, 5º – Novembro (2º Final de semana, de sexta a quarta-feira, data Fifa)
1º, 2º, 3º - Dezembro
Recesso de final de ano e inicio de ano 1º, 2º domingos – Janeiro ou Julho
Returno – 19 jogos
3º, 4º – Janeiro (Excepcionalmente duas rodadas no meio da semana em Janeiro nos dias 21/01 e 28/01, totalizando quatro rodadas neste mês)
1º, 2º, 4º – Fevereiro (3º domingo, recesso Carnaval)
1º, 2º, 4º, 5º – Março (3º Final de semana, de sexta a quarta-feira, data Fifa)
1º, 2º, 3º, 4º – Abril
1º, 3º, 4º, 5º – Maio (2º domingo Final da Copa do Brasil)

Série B Nacional – acompanha ao calendário da Série Acom jogos sextas e sábados.
Série C Nacional – 20 clubes divididos entre norte e sul, com os moldes atuais. Jogada de Agosto 2014/Fevereiro 2015, com 18 nacionais jogos garantidos para todas as equipes e um total 28 jogos para os finalistas. Jogos de ida e volta entre as equipes, aos domingos pela temporada, classificam-se os quatro primeiro de cada grupo. Formam-se dois grupos com quatro equipes em jogos de ida e volta (6 partidas), classificando-se os dois primeiros para a fase final e para a Série B. Semifinais e Final (4 partidas).

Série D Nacional – 50 clubes – 4 grupos de 10 equipes divididos entre Sul, Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. São 18 jogos nacionais garantidos e as equipes estão classificadas pela série B regional (explicada em posts anteriores). Os dois melhores clubes de cada região e o melhor terceiro de todas se classificam para a fase final, com jogos de ida e volta, ou seja, mais 18 partidas. As 4 melhores equipes sobem para a terceira divisão. Os campeonatos nacionais devem ser maiores do que qualquer regional e os estaduais, mas os clubes devem pressionar a CBF para isso, já que não existe liga dos clubes.



Copa do Brasil – Outubro/2014 a Maio/2015 – 10 datas
Foi o que me deu mais trabalho, o de maiores considerações, por pensar em uma fórmula inclusiva e enxuta. O torneio seria completamente reformulado e daria vaga para a Taça Sul-americana, não mais para a Libertadores. Neste calendário a Copa do Brasil ficaria mais emocionante, perigosa, com doze datas para a disputa no total (dez para os clubes nacionais, Séries A, B e C). O sorteio da Copa do Brasil deveria ser dirigido, definido com as classificações do Campeonato Brasileiro do ano anterior, ou seja, uma motivação para uma melhor classificação das equipes no nacional de pontos corridos.

O campeão brasileiro da Série A seria o cabeça de chave 1, o vice-campeão o cabeça de chave 2 até o cabeça de chave número 32. Com isso os 20 clubes da Série A do ano corrente e os outros 12 clubes da Série B (contando os rebaixados do ano anterior, Posicionando do 5º colocado em diante) seriam cabeças de chave, tendo preferência na terceira fase da competição de jogar em casa, uma grande vantagem. Modo de disputa:

  • Primeira Fase – Cinco equipes classificadas de cada estado brasileiro mais uma vaga para o estado do clube campeão da edição anterior (136 clubes = 27 estados, 5 vagas +1 para o estado do campeão), seriam sorteados dirigidamente por regiões, para que se classifiquem 68 equipes para uma fase nacional da Copa do Brasil. Jogos de ida e volta.
  • Segunda fase – As 68 equipes classificadas seriam somadas às 60 equipes das séries A, B e C. As “equipes das vagas nacionais” ficariam em um pote separadas das equipes classificadas da fase anterior. O sorteio formaria 64 confrontos, com as 128 equipes participantes desta fase. Partida única, na casa do pior ranqueado.
  • Terceira Fase – Sorteio das 64 equipes classificadas e os 32 cabeças de chave ficando em um pote no sorteio e as demais no outro pote. As melhores ranqueadas teriam o poder de jogar a partida única com o mando de campo, uma vantagem.
  • Quarta Fase – Os 16 melhores nos campeonatos nacionais no ano anterior teriam o privilegio de jogar em casa, com o mando de campo, em partida única, de acordo com a classificação do ano anterior, como o dito acima, em cruzamento olímpico fixo com o 1º x 32º, 2 x 31º, assim por diante. Este fato implica no seguinte: se o campeão brasileiro e o vice forem passando de fase eles só se encontrariam numa possível final de campeonato (hoje seria Fluminense x Atlético-MG), assim como privilegia os clubes de melhor ranking, revistos a toda rodada. Exemplo:

|1X32 |16X17| - A
|8X25 | 9X24| - B
X
|5X28 | 12X21| - C
|4X29 | 13X20| - D
|3X30 | 14X19| - E
|6X27 | 10X23| - F
X
|7X26 | 11X22| - G
|2X31 | 15X18| - H

  • Oitavas de final – Desta fase até a semifinal, as equipes terão confrontos de ida e volta, dois jogos com gol qualificado (fora de casa vale mais). 16 equipes participam, classificam-se 8. Segundo jogo na casa do melhor ranqueado, de acordo com o Brasileiro do ano anterior.
  • Quartas de final – 8 equipes, classificam-se 4, em jogos de ida e volta, com gol qualificado.
  • Semifinal – 4 equipes, classificam-se 2, em jogos de ida e volta, gol qualificado.
  • Final em jogo único, em local preestabelecido por eleição.

A Copa do Brasil, ficaria eletrizante e mais rápida em relação ao formato atual, que tem 18 datas. Colocar times reservas em campo seria por conta e risco do clube, um risco muito grande, força máxima sempre. Uma boa novidade seria a decisão e a possibilidade de ser disputada no Maracanã ou em qualquer estádio que se candidate, como ocorre com a Champions League, uma boa medida para se evitar os elefantes brancos produzidos para a Copa do Mundo de 2014. No dia do sorteio das chaves, os 195 clubes participantes poderiam escolher em votação a sede da final, não podendo votar, caso ocorra, em um estádio do seu próprio estado, até que se tenha 50%+1 dos votos totais, ou seja, 98 votos. O estado (estádio) selecionado ficaria impedido de sediar a final da Copa do Brasil pelos próximos 4 anos, no mínimo, trazendo rotatividade para final da competição, igualando os centros menores aos maiores.

Os ingressos seriam divididos entre as equipes, independentemente da Unidade Federativa das mesmas, parcelas de ingressos serão cedidas para patrocinadores, como forma de prestigiar a competição e quem a apoia, e mesmo que, um ou os dois finalistas tenham a sorte (e competência) de decidir a competição em casa (cidade ou estado) os ingressos serão divididos. O Brasileirão é o campeonato mais importante, até para balizar a temporada, estando de fato em um plano destacado, ainda mais com o ranqueamento e chaveamento para a Copa do Brasil seguinte.

FLAMENGO HIC ET UBIQUE!