Preocupante. Muito
preocupante. Foi a sensação que não me abandonou enquanto assistia a tenebrosa
partida de quarta-feira. O time armado pelo Jorginho só conseguiu ser menos
pior que o triste gramado do Mangueirão.
Depois de assistir as
partidas da copa europeia, fica ainda mais evidente - em questão de minutos - que
desapareceu completamente o pouco de organização tática que havia sob o comando
do Dorival Jr. Hoje, não há coordenação nem compactação entre os setores do
time. Zagueiros e laterais jogam espalhados deixando avenidas entre si e mesmo
a movimentação frenética de Rodolfo, Rafinha e Gabriel ainda é muito mais um
traço de desordem em campo do que tática para confundir marcadores.
De todos os setores do time,
a defesa é o que realmente tem me tirado o sono. Tenho para mim que o grande problema
dessa parte do time ainda é mais de posicionamento do que de nomes. Vejam que com
exceção do Atlético-MG, que tem dois bons zagueiros, a maioria das duplas dos
grandes times brasileiros é bem fraca. Alguns tem bons nomes, mas é um cara
sozinho, como o Dedé cercado de genéricos do Wellinton, do Ramon, do Wallace e
por aí vai. O que faz com que times como o Fluminense, por exemplo, tenha uma
defesa forte – ano passado, pelo menos – é muito mais um sistema bem armado do
que jogadores de qualidade ali atrás. Ou alguém acha que o Gum é muito melhor
que o Wallace ou o Renato Santos?
Por esse motivo, penso que o
treinador deveria dar total prioridade a organizar o posicionamento de sua
defesa. Treinos focados na compactação, deslocamento em bloco e cobertura devem
ser intensificados. Talvez treinando contra os próprios atacantes rubro-negros,
que são bastante rápidos e se aproveitam bem de defesas lentas.
Penso que o ideal, num
primeiro momento, seria definir uma formação titular e uma reserva que
realizassem o mesmo trabalho com jogadores com características semelhantes
jogando nas mesmas posições. Teríamos uma defesa com Leo Moura, Gonzales,
Renato Santos e João Paulo e na outra Luiz Antônio, Alex Silva, Wallace e Ramon
como seus respectivos reservas. Dessa forma, as substituições defensivas seriam
menos traumáticas com cada jogador sabendo exatamente como se comportar
taticamente em relação aos companheiros de defesa.
Uma outra sugestão, essa
mais ousada, seria contratar um treinador de defesa, como existe nos times de
futebol americano. Esse profissional, membro da comissão técnica permanente do
clube, seria responsável por monitorar o desempenho dos nossos defensores
individual e coletivamente. Equivalente a um preparador de goleiros, sua tarefa
incluiria trabalhar os fundamentos principais de zagueiros e laterais além de
treinar separadamente a movimentação do setor contra jogadas específicas, como
escanteios e faltas próximas a área. Poderia ainda, fazer trabalhos específicos
solicitados pelo treinador principal, como preparar a marcação especial em
algum atleta diferenciado, como Neymar, por exemplo apontando para o jogador
que for marca-lo quais as malandragens recorrentes do oponentes e seus pontos
fracos a serem explorados.
Marketing
Assim como é importante
criticar, é fundamental também elogiar e parabenizar o trabalho bem executado.
A ação realizada pelo departamento de marketing rubro-negro em Belém é um desses
casos. Mais importante do que o ingresso em si ou mesmo a presença do ídolo, o
gesto do clube mostra atenção e carinho com o torcedor rubro-negro. Mais ainda,
demonstra que o cadastro e o mapeamento dos torcedores podem ser (e parece que
serão) muito bem utilizados gerando ações positivas e fortalecendo a marca do
clube por todo o país. É o tipo de coisa que toda a torcida espera de
profissionais do nível dos que estão agora no Flamengo. O trabalho do marketing
rubro-negro demorou para aparecer, mas agora marcou um golaço.
abraços a todos e SRN!
abraços a todos e SRN!