quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Muita calma e firmeza nessa hora


A Chapa Azul venceu as eleições no Flamengo, tendo Eduardo Bandeira de Mello à frente, há menos de 10 dias, dando um gás a mais nas rotineiras especulações que dominam as férias anuais da bola no futebol brasileiro. Eu apenas não supunha que haveriam reações e cobranças tão contundentes em cima dos dirigentes recém-eleitos e não empossados, o que ocorrerá em 02 de janeiro de 2013, por parte da imprensa que ainda não absorveu o golpe dado pelas urnas no dia 03 pp, já que a preferência explícita por outras candidaturas não foi satisfeita, desta vez, pelos sócios torcedores que disseram o "sim" da salvação no colégio eleitoral do clube. Boa parte da torcida, açodada por natureza e sofrida por incompetência da catastrófica gestão da Patrícia Amorim, também se mostra impaciente nesses primeiros momentos pós-eleição, o que é compreensível tendo vista a emoção característica do torcedor rubro-negro, que se agarrou a essa tábua de salvação representada por gente não viciada nos meandros e bastidores mal-cheirosos da política interna da Gávea;

Porém, é necessária muita calma nessa hora de primeira aproximação dos vencedores com a realidade da instituição por cujos destinos, nos próximos anos, serão os legítimos responsáveis, não sendo novidade para ninguém a situação caótica em que a casa se encontra, tanto administrativa quanto técnica, tendo sido levada a ela por uma administração hiper-incompetente. A "saideira", pelo menos até agora fora de campo, foi o calote aplicado no modesto Avaí relativo às transferências dos jogadores Cléber Santana e Renato Santos, "atrasando o pagamento da folha salarial" dos catarinenses, conforme divulgado em nível nacional por seus dirigentes. Dentro de campo, deixa pra lá, já me envergonho de citar;

O ritmo inicial não está lento como querem fazer crer alguns nessa fase parada da bola, há que haver razão e critério, e tais requisitos não combinam com pressa atabalhoada, já que o time que vai assumir está ciente da necessidade de reformular praticamente todos os setores do clube começando pelo mambembe marketing, segundo palavras do seu futuro Vice-Presidente, o irrequieto Bap, passando pelo equilíbrio das finanças sob a batuta do Carlos Langoni, as demais áreas também importantes e o futebol, cereja do nosso bolo, que já tem definido o seu Vice-Presidente na figura de Wallim Vasconcelos e para diretor de futebol, o ex-gremista Paulo Pelaipe,querido por muitos, contestado por alguns. Zinho perde espaço e posição nessa nova equipe a não ser que se contente com a supervisão do futebol, função sem dono desde a saída do competente Isaias Tinoco;

Creio na continuidade do treinador Dorival Júnior para compor, finalmente, o seu elenco e com ele realizar a pré-temporada para formar um time e testá-lo no Estadual, sempre de olho, obrigatoriamente, na renovação que se impõe vinda de todos os lados, de cima para baixo, da esquerda para a direita, com os garotos ansiosos para tornarem-se realidades na profissão escolhida. Para tanto, momento mais adequado não existe, sem pressão por resultados e disponibilidade ampla de tempo para treinar e repetir a preparação específica, não devendo ser uma opção do técnico de plantão, mas uma filosofia a ser seguida, essa que dita o aproveitamento dos bons valores das divisões de base. É hora disso, que não seja desperdiçado como anteriormente.

SRN!