Considero o jogo de hoje com o Figueirense o mais importante, até aqui no atual Campeonato Brasileiro, que o Flamengo irá disputar pelo que representa tendo em vista as mudanças implantadas no comando da equipe e a real estreia de Dorival Júnior, após 10 dias de intensa preparação sob novos métodos e concepções, durante os quais foram testadas diversas formações do time sem olhar nome e tempo de casa de cada jogador, o que não deixa de ser um fator importante se levar em conta que já passara da hora de ver com outros olhos o que ainda representam alguns medalhões dentro do elenco;
A situação extrema na tabela em que se encontra o adversário não é motivo de tranquilidade para o torcedor rubro-negro, sendo simples constatar tratar-se de um ótimo fator motivacional, para os catarinenses saírem da escuridão para as luzes da ribalta, uma vitória sobre o Flamengo, que sempre proporciona largas manchetes nos jornais e excessiva exposição na mídia para os seus autores, ou seja, eleva o moral, vende jornal e amplifica os gráficos de audiência vencer o mais-querido entre todos os clubes brasileiros;
É jogo para ganhar três valiosos pontos e confiança para seguir trabalhando com firmeza em busca do tempo perdido com a ex-comissão técnica, na formatação de um novo Flamengo ainda para este ano, na última oportunidade de fazer a nação explodir a vibração contida e reprimida em consequência de mexidas malfeitas no futebol do clube, iniciativas atabalhoadas e inconsequentes, frutos da notória incompetência da pior presidente da centenária instituição rubro-negra. DEUS SALVE O FLAMENGO DAS AÇÕES DE PATRÍCIA AMORIM !!!
Nos treinamentos à procura de um novo time com o velho elenco, Dorival Júnior testou garotos da base na defesa, meio de campo e ataque, barrou Íbson e Renato Abreu. Voltou com este, lançou o Adryan como meia e Negueba fazendo dupla com Vágner Love, consolidou as laterais com Leo Moura e Ramon, apostou no Felipe de volta ao gol, saindo Paulo Victor e continua depois de tudo isso a espremer o cérebro para encontrar a melhor formação para a zaga, onde Wellinton, Frauches, Gonzáles, Marlon e Thiago Medeiros batem cabeça e ainda não oferecem ao treinador a confiança necessária para a formação de uma dupla de área, sendo tênue a linha que separa as trapalhadas e indecisões entre as 10 possibilidades possíveis. Se dependesse de mim, olhando de longe, iria com os garotos esbanjando vontade de se firmarem no time titular, Frauches e Marlon, reservando uma vaga no banco de reservas para o chileno Gonzáles, deixando Thiago Medeiros na fila que sempre anda graças às contusões e aos cartões aplicados pelos sopradores de plantão. Sobrou o Wellinton. Bem, esse zaqueiro os amigos sabem qual seria o destino, com todo respeito que o outrora grande quarto-zaqueiro e seu admirador, Jayme de Almeida, merece...
As vantagens de escrever na condição de torcedor, sem as obrigações a que um analista de futebol está submetido, é a de torcer, distorcer e sonhar sem impor-se limites, os quais cruzam-se com o sucesso do time de futebol do clube e correm em paralelo com a lógica dos fatos desprezada pela emoção. Fico à vontade, então, para raciocinar com os 24/27 pontos na virada do Campeonato Brasileiro, já vivendo os novos ares que pairam na Gávea com o futebol conduzido por Zinho e Dorival, sempre considerando que um afastamento mínimo do respectivo departamento, de algumas dezenas de metros, da presidenta pé-frio se faz necessário para uma finalização feliz rumo às vitórias. Com essa virada sonhada, com os 8/11 pontos obtidos nos jogos contra o Figueirense, Náutico, Palmeiras, Vasco e Botafogo (Atlético MG só em setembro), o Flamengo entraria no 2º turno tendo a disputar 20 partidas ou 60 pontos, correndo por fora, contando com as quedas que os líderes sempre sofrem em competições tão longas como é o Brasileirão, para realizar um final de ano diferente do previsto pela maioria dos torcedores na péssima 1ª parte do ano vivida pelos rubro-negros.
Que Cáceres e Liedson (ao lado do Love) sejam bem vindos ao time, com Adryan e/ou Thomás no meio, para que tudo seja diferente do semestre que passou. Nós merecemos!
SRN
