terça-feira, 8 de maio de 2012

Parcerias Globais: Porque não?



Já pensei inúmeras vezes em porque o Flamengo não pensa em parcerias globais, ou não consegue executar. Com a diretoria, aliás, presidência, atual isso não será possível, mas não impossível, por mais obtusa seja a administração Patrícia Amorim, mas não paro de pensar (ao contrário das diretorias e do aparentemente do marketing). Eu não colocaria meu dinheiro para estampar minha marca num inferno na terra (Gávea atual). Também acho que muitos interessados, esperam dias melhores para fazer tal investimento, ainda mais se tratando de um ativo espetacular, uma torcida com ampla maioria no segundo mercado do país e com presença nacional, garantindo a QUALQUER marca presença em qualquer ponto deste Brasil continental. Oficialmente, o clube que pelo balanço publicado e não explicado pela mesma administração, vale R$ 976.158.798,00, mas parece não ter forças, nem moral para obter parcerias globais, mesmo tendo uma regional com um global player ano passado (P&G, válida para distribuição na América latina, mesmo com o papelão na Copa Sul-americana do ano passado) e algumas nacionais como Gatorade (via Ambev Brasil) e Volkswagen, por exemplo. É inadmissível que fiquemos por duas temporadas ao menos CINCO meses sem patrocinador máster.

Nem precisei ir muito a fundo, este mês um post no Facebook, hoje um dos meios de comunicação mais eficazes, mesmo sendo uma rede social, chamou e muito minha atenção. A imagem demonstra que dez empresas “dominam” o mundo: General Mills, Nestlé, Coca-Cola, Pepsico, Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Kraft Foods, Unilever, Mars e Kellogg's. Se somamos a elas as empresas dos ramos automobilísticos, bancários, extrativas, tecnologias como Google, Microsoft, Apple, Facebook, IBM, HP, entre outras não sobra muita coisa. O pior é quando estas marcas criam join-ventures para expansão, produção ou distribuição em mercados fora dos EUA e da Europa, tornando-se uma coisa só. Elas praticamente controlam o mercado publicitário no planeta e o Flamengo não se adaptou a este mundo, mesmos estando em um país de consumidores valiosos em uma economia crescente, que já é a 6º do mundo. Fosse eu o presidente do clube tentaria um acordo em escala mundial inédito com as mesmas, agregando valor a ambas as marcas. O que falta (além de coragem e visão)? É uma hora crucial e serei extremo: o Flamengo quer se tornar um gigante global ou quer morrer?
O Flamengo tem 4 patrocinadores e 8 parceiros sendo um global, a Unicef, e este deveria ser o caminho, de muitos outros possíveis, como segmentar parcerias (um para alimentação, um para bebidas, um automobilístico...), aumentar as parcerias existentes para valores e escalas globais, fazer turnês pelo Brasil, América do sul, Europa, Ásia, África, todos os cantos, ceder direitos de partidas aos parceiros, ceder pré-temporada aos parceiros, ceder direitos de imagem de atletas das modalidades olímpicas para os parceiros, criar parcerias técnicas efetivas para o dia a dia do clube em suas atividades...Pessoalmente, para exemplificar o que digo, concomitantemente a faculdade, tive o prazer e a honra de trabalhar na maior instituição estudantil não governamental do planeta, a AIESEC, onde aprendi muito e fiz amizades globais de fato. A organização tem grandes acordos e parcerias em todos os âmbitos Locais (cidade), Nacionais, Regionais (continente ou subcontinente) e Globais, criando valor para ambas as partes. Pois bem, para não me alongar, em pequenos escritórios, pode se fazer grandes coisas. A AIESEC tem nada mais nada menos do que 15 parceiros globais, em diversos seguimentos inclusive em áreas concorrentes, pois seus parceiros confiam nos projetos, além disso, estão presentes em 111 Países, 1.600 Universidades, tem 65.000 Membros, proporcionando em oportunidades 15.000 Estágios Internacionais e 17.000 Cargos de liderança com 4.000 Parceiros/Patrocinadores, e ainda promove 470 conferências anuais. São dados atuais. Tomou Flamengo?

Ubique, Flamengo!
Somos Flamengo, Vamos Flamengo!