Marcelo Sauaia é um grande rubro-negro de Copacabana e atua como Coordenador Geral do Projeto Energia Olímpica ( http://www.youtube.com/watch?v=T5cQueJ9jGQ ) cujos professores de lutas e especialistas em diversas áreas sonham em transformar o mundo de centenas de crianças carentes através da mudança de suas realidades presentes, moldando um futuro melhor para elas e suas famílias, com o desenvolvimento de atividades esportivas na quadra do Grêmio Recreativo Villa Rica, no Morro dos Cabritos, sem perder o foco na prioridade da formação do cidadão, a qual prevalece em relação à do futuro atleta, embora não existam dúvidas de que dali sairão verdadeiros campeões no esporte e na vida;
Outro dia, o bom flamenguista Sauaia lembrou com muita propriedade a um amigo seu, em uma rede social, uma interessante reflexão do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Hughes Galeano, segundo o qual "A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Então, para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar";
Se os amigos do Buteco me permitem, desejo recomendar-lhes que assistam o vídeo postado acima e constatem que é possível sonhar com legitimidade e mudar a realidade de jovens, que estariam condenados a consequências imprevisíveis em suas vidas e fadados à infelicidade em função de nascerem e viverem numa urbe que se convencionou denominar como "Cidade Partida";
Divulgo com enorme prazer o trabalho dos professores e especialistas sonhadores do Energia Olímpica lembrando do nosso Flamengo, uma das minhas paixões, instituição que está à deriva sob o frágil comando da também jovem presidente Patrícia Amorim, que até mesmo pela juventude que desfruta deveria perseguir a utopia de tornar o clube que dirige um modelo de organização altamente competitiva a fim de sobreviver e conquistar o mercado futebolístico cada vez mais disputado, o que deveria se constituir no desafio mais importante de sua vida, pois a característica do mundo atual é a mudança, a quebra de velhos paradigmas considerando que os critérios antigos de organização não mais se adequam aos tempos em que vivemos;
Eleita que foi, num processo democrático, para o respectivo cargo com menos de 800 votos, tem a responsabilidade de ditar os rumos e os ritmos do amor de mais de 35 milhões de torcedores do Flamengo, completamente despreparada para gerir o seu futebol. Sob sua desastrada gestão os vexames se avolumam como neve nas montanhas em tempos de inverno rigoroso, chegando ao vergonhoso ponto de maltratar o maior nome da centenária e gloriosa história do clube, o ídolo Zico, exemplo de cidadão e profissional para os nosso moços, até mesmo para aqueles não amantes de nossas cores, sem considerar que a ele o Flamengo muito deve, incomensuravelmente, suas maiores conquistas e títulos tanto em âmbito nacional como em níveis internacionais. Ao Zico foi consumada uma injustiça monumental como todos viram, como todos sabem, em nome de uma política rasteira que viceja nas entranhas do clube. Curiosamente, Zico não precisa do Flamengo. O Flamengo, sim, precisa do Zico para somar com a sua retidão e caráter reconhecidos mundialmente. Tal premissa verdadeira não foi acolhida pela atual diretoria e hoje temos um clube desmoralizado em busca de resultados imediatos, buscando a contratação de atletas que lhe respondem com um sonoro NÃO, tendo em vista práticas amadoras como pagar salários horas antes de um jogo decisivo em Guayaquil, numa ação de clube de várzea para incentivar um grupo de profissionais no sentido de cumprirem com denodo a obrigação contratual de cada um;
Por isso e também por isso, sonho diariamente com a renúncia da presidente num gesto de apreço a todos nós rubro-negros, a despeito da desesperança de alguns, e faço um apelo à Patrícia Amorim para que execute esse ato pessoal de enorme valor e serventia para resgatar o orgulho ferido da maioria de nossa torcida, que vive submetida à chacota alheia e ao deboche nacional desde que asumiu a presidência do Flamengo, em 2010, recebendo-o com a faixa de Hexacampeão brasileiro estampada no peito e jogando no lixo todo o status duramente obtido, não conquistando alguma coisa melhor do que um Campeonato Estadual, fato comemorado por uma noite de domingo e um dia de segunda-feira, não levando o clube a lugar algum, além de uma vaga na Libertadores deste ano estabelecida como meta com a evidente finalidade de aplacar a frustração causada pela perda do título nacional. Contraditoriamente, contratou para a execução da missão um treinador que declara abertamente não querer se estressar com as partidas disputadas pelos futuros adversários, fornecendo uma boa suposição do nível amadorístico que domina a Gávea nos dias atuais.
Uma pá de cal nos espera na noite de amanhã na Libertadores, sobrepujados por adversários mambembes, porém, melhores preparados que o Flamengo, embora estejamos no aguardo de um milagre do tamanho da nefasta administração atual.
De uma forma ou de outra, seguindo ou não na competição internacional, renovo o meu apelo no sentido de que Patrícia Amorim renuncie o quanto antes, pois o Flamengo não precisa de políticos para fazer dele um trampolim para cargos no legislativo ou no executivo municipal ou estadual. O Flamengo precisa de gente que persiga utopias para torná-lo o gigante que está destinado a ser, pela sua grandeza, dentro do cenário esportivo internacional e a atual mandatária já mostrou, provou e comprovou não possuir entre suas virtudes a competência compatível com os objetivos a serem atingidos.
"Sem Patrícia Pelo Flamengo!".
SRN!
