quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pai, Afasta do Mengo a soberba e a vaidade, Pai!

O Campeonato Brasileiro se aproxima para contornar a curva de chegada e entrar em sua longa reta final, deixando para trás uma constatação que, se bem observada e aproveitada pelo comando do futebol do Flamengo, poderia lhe oferecer a indicação do caminho a seguir para alcançar a liderança da competição com boa vantagem à frente dos demais clubes, representada por pontos que se constituiriam na tal gordura para queimar, da qual tanto se fala, nos momentos em que uma ou outras inevitáveis rodadas ruins dão o ar de suas graças, naquelas semanas em que nada dá certo e tudo parece conspirar contra, ou por contusões de jogadores importantes, suspensões ou até convocações dos mesmos para a inssossa seleção brasileira em épocas longes da Copa do Mundo.

Pretendo me referir ao desequilíbrio causado pelos clubes pequenos, os atuais "clubes de menores investimentos", como gostam de classificá-los a turma imbuída até a medula do comportamento politicamente correto, já que os clubes grandes se devoram entre si mesmos, um comendo pequenos pedaços do outro e acabam praticamente com tamanho semelhante.

Passeando pela tabela dos jogos até então realizados, salta aos olhos a enorme quantidade de pontos perdidos para aqueles clubes, dentro e fora dos domínios de cada um. Dos 19 pontos deixados ao logo do caminho pelo Flamengo, 11 foram para Bahia, Ceará, Atlético Paranaense, Figueirense e Atlético Goianiense, praticamente 58% do total. Esses pontos somados aos 35 que o mantém na vice-liderança do certame, lhe dariam larga margem para administrar com mais tranquilidade as últimas 20 partidas que faltam até pôr as mãos na taça do hepta.

É fato que os outros grandes do campeonato padecem do mesmo mal e o raciocínio é a eles igualmente aplicável, porém, não tenho o mínimo de comprometimento emocional com nenhum deles, já que minha torcida, felizmente, pertence ao Flamengo e estou muito satisfeito com isso, o que me leva a viajar nas asas do sonho de não ver o meu time empatar e perder jogos fáceis como ocorreu naquelas cinco oportunidades, deixando assim de se posicionar em 1º lugar após transcorridas 18 rodadas deste Brasileirão, além da dolorida certeza de que esses resultados farão muita diferença nas últimas partidas, no mínimo em em termos de mais ou menos tranquilidade para ser o campeão de 2011.


Pergunto ao meu cachimbo o que faz uma potência em estado vivo como o Flamengo, com a pressão que essa condição impõe ao pequeno adversário, representado pelo time mais qualificado, melhor posicionado na tabela, com uma barulhenta e gigantesca torcida a seu favor e uma comissão técnica qualificada, que reúne profissionais gabaritados com vaga assegurada em qualquer clube do país e na maioria dos clubes de futebol do mundo, jogar de igual para igual, e muitas vezes ser acuado por clubes de menores portes, comparando com o gigante rubro-negro com quase 40 milhões de torcedores espalhados por esse Brasil afora. A traidora soberba seria a resposta? Ou uma injustificável desmotivação diante do adversário pequeno mas esforçado, bem arrumadinho e altamente motivado para enfrentar aquele vaidoso todo-poderoso dentro ou fora de seu terreno?

Questiono e respondo de primeira que, se elas, a soberba e a vaidade ficassem em casa nos dias dos jogos contra aqueles que nada fazem no campeonato a não ser lutar para permanecer na elite, e não levassem jogadores soberbos e vaidosos a provocarem suas próprias suspensões a fim de escolherem este ou aquele adversário em função do poder de fogo de cada um, além de não acharem que uma fácil partida de futebol é vencida a partir do momento que desejarem, certamente a história não registraria aqueles preciosos pontos em nosso passivo, pois estariam no outro lado do mapa como ativos decisivos para o balanço final do Brasileirão.

SRN!