sábado, 13 de agosto de 2011

Coluna do Luiz Filho - 13 de Agosto de 2011

Bom Dia Buteco!

Como estreio aqui como colunista vou me apresentar:

Meu Nome é Luiz Antônio Valente Filho, conhecido aqui como Luiz Filho. De família predominantemente rubronegra desde os tempos de Leônidas, Dida, Zizinho, Carlinhos, Zico, Júnior, Romário e Pet e por que não Fio, Doval, Manguito e Obina. O Flamengo não é apenas grandioso pela qualidade de grandes atletas, mas também por seus mitos e místicas. Clube de tradições poliesportivas o Clube de Regatas do Flamengo é o que nos une neste espaço e a outros milhões de apaixonados por esta instituição. Como é o meu primeiro post não sabia o que trazer a coluna, mas nesta semana algo me chamou atenção e eu julguei interessante trazer à baila.

A matéria do Globoesporte.com (http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/08/o-outro-lado-com-futebol-do-fla-em-alta-marketing-passa-por-crise-interna.html) na ultima terça sobre a bagunça do inexistente Marketing do Flamengo e a gestão do clube foi o motivo que me troxe ao tema. Neste momento fiz um paralelo, para mim inevitável da presidência do Flamengo com a presidência da república. Minha intenção não é politizar o blog, apenas discutir as ações. Logicamente tenho minhas preferencias politicas que aqui não vem ao caso. O que importa aqui é o FLAMENGO e reitero vou discutir as ações. Não sou jornalista, mas sou um cidadão interessado vou levantar a discussão que, certamente, não dará para ser aprofundada em um post.

Dilma Roussef a presidenta da República e Patricia Amorim a presidenta do Flamengo foram eleitas com algumas expectativas e parecem caminhar em sentido oposto das mesmas. Dilma parecia ser a manutenção do chamamos em História do “antigo regime” e não é, comandando assim, seus “funcionários” de forma diferente de seu antecessor, e portanto, causando surpresa nesta condução inicial. A questão que mais surpreende a maioria (mas não muito a mim) é a de não apego pela “politica” e sim pela gestão, já que é e sempre foi gestora. Seu antecessor não agia dessa forma era mais político do que gestor. Questão de estilo e origem política, além do talento natural e preferência pessoal no trato da res publica e nas atribulações de governo. Para a presidenta não há hesitação se não houver alinhamento com essa nova política, e houver desobediência ou falta de respeito com colegas de trabalho no alto escalão. Há o “afastamento para investigação” e substituição imediata para que o dano seja o menor possível, tendo o descolamento real do governo anterior como marca inicial de seu governo. Suas ações foram até agora incisivas e rápidas. O Estado deve ser maior do que o governo, parece que, por enquanto ela tem a noção disso. Reafirmo que não questiono se isso é bom ou ruim. Falo de ações e oportunidades de mudanças no país, seu direcionamento e o posicionamento do governo nas ações de Estado. Arnaldo Jabor (http://www.youtube.com/watch?v=aGuol6osPsI&feature=player_embedded), gostem ou não, explica bem o que penso sobre o momento do país.

Patricia Amorim demonstrava ter sido eleita para uma faxina no clube apesar de as forças políticas que a elegeram não demonstrarem muito isso, sendo então a manutenção do status quo. O “Estado”, no Flamengo, não parece ser maior do que o governo e o próprio é confuso emperrando as ações de governo (estatuto e conselhos). Digo isso de fora, pois não faço parte de conselho algum, nem ao menos sou sócio do clube, gostaria, mas não sou. A hesitação é a marca deste mandato que tem muito mais cuidado com a politica do que com a gestão, que parecia, à priore, ser a ruptura com o “antigo regime” e não foi. Casos que se acumulam como a manutenção maléfica da diretoria anterior após o titulo de 2009 e a bagunça de 2010 (diretoria essa que tinha “alinhamento zero” com a corrente politica eleita), e assim a gestão se prejudicou em função de uma política do toma lá, dá cá somadas a falta de respeito e respaldo com o Andrade. Logo depois o mesmo com o Zico e o racha entre “fatiar” ou não a camisa e a falta do malfadado patrocínio máster entre outros casos citáveis. Parece terra sem lei. Falta comando, falta comandante e o que deveria ser comandado paga o pato pela falta de estrutura mínima (nem falo de estrutura física). Repito, sou apenas torcedor, de fora, mas é o que me parece.

Como venho falando e observando em diversas “casas internéticas rubronegras” o marketing é inexistente, muito incompetente e não sei por que cargas d'água a presidenta dá a vice-presidência de futebol para o “vice-incompetente” de marketing. Não dá para tentar tapar o sol com a peneira com notas oficiais que nada dizem (http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/13515 ). Até enfarto teve essa semana (http://www.lancenet.com.br/flamengo/Vice-marketing-Flamengo-infarto-reuniao_0_533346893.html), inclusive com a empresa de Ronaldo conseguindo em um mês o que o departamento enfartado e acéfalo do Flamengo mais a “parceira” Traffic (http://www.lancenet.com.br/minuto/Flamengo-votara-contrato-patrocinio-master_0_533346837.html) não conseguiram. Acéfalo porque o enfartado em questão, vice-presidente de marketing é também o vice-presidente de futebol. Antes tinha um para dois agora não tem ninguém. Além do que o Flamengo precisa ser mais ágil e a culpa é em parte pela conduta de sua presidenta, parte pelo estatuto arcaico que arrasta o clube.(http://globoesporte.globo.com/platb/olharcronicoesportivo/2011/08/11/momento-complicado-patrocinios-complicados-no-flamengo/#comments)

A relação entre incompetência e corrupção é muito próxima, pois o “mais malandro” se aproveita facilmente dessas duas características em qualquer instituição. Não quero dizer com isso que haja corrupção no governo Brasileiro ou no CRF, mas incompetência fisiológica (institucional) certamente há. Não dá para ser intransigente e demitir a todos em qualquer denúncia em ministérios ou morrer abraçada na morosidade das questões no Flamengo. O meio termo é o caminho, não significando ser o mais fácil. O Clube de Regatas do Flamengo, instituição centenária, vive apenas pela paixão de sua torcida. Vivemos no Brasil em uma democracia jovem (pouco mais de 20 anos) que encontrará aos poucos o seu caminho, enquanto o clube está em uma democracia relativa, uma oligarquia pouquíssimo representativa. Seus Torcedores/Clientes sequer sentem-se representados dentro do clube e nem há como! Eu, como muitos, gostaríamos de ser sócios, parceiros do clube sempre fomos às arquibancadas ou em qualquer lugar desse planeta parceiros do Flamengo econômica e afetivamente, não exatamente do clube social (sede Gávea). Gostaríamos apenas da possibilidade de ter nossa paixão mais perto de nós como sócios-torcedores ou equivalente. O que eu sonho para o clube está sintetizado muito bem em uma das colunas de André Monerrat, “O Flamengo que eu gostaria de ver” (http://www.sobreflamengo.com.br/2011/08/o-flamengo-que-eu-gostaria-de-ver.html ).

O CRF tem uma vocação de poucas agremiações do planeta o sentimento poliesportivos Boca Juniores, Fenerbaçe, Real Madrid, Barcelona e Vasco da Gama (sim, nosso rival também é mal administrado e poderíamos ser equivalentes a Real e Barça). Isto é mais uma marca mal explorada pelo clube. Gostaria também deixar claro que a gestão de Patricia Amorim não é só feita de erros. No futebol inclusive temos um time forte feito sobre base pré existente e há uma boa profissionalização com formação de funcionários no clube (quando veio o Luxemburgo ele trouxe apenas dois profissionais com ele, os outros já eram do clube). Fora do futebol, e do marketing há progressos como aumento e tentativa de valorização de patrimônio do clube (Gávea, CT e Morro da Viúva) e a valorização dos esportes olímpicos do Flamengo (Cielo/natação, basquete, remo, ginástica e judô com equipes fortes). Essa é uma vocação do clube, mas como o marketing não anda fica inviabilizado qualquer projeto e com isso se pune o futebol com perda de receitas e o clube como um todo.

Se estatuto fosse modificado e se a diretoria/presidência “convidasse” o torcedor para ser sócio do clube seria muito mais fácil ser potência em qualquer esporte. No mais fica a discussão. Devemos ter fé sempre porque somos Flamengo e não desistimos nunca! Nossa relação com o clube é contraditória, de amor e ódio mesmo. Nunca ódio ao clube, mas a coisas que orbitam a ele. Muito bem representadas nas mascaras teatrais, as personas, sendo milhares de personas apaixonadas, que riem e que choram pelo Mengão. Desculpem-me o texto alongado pela paixão!

Somos Flamengo, Vamos Flamengo!


Nota da Administração: Luiz Filho é o novo colunista dos sábados. SRN a todos.