quarta-feira, 18 de maio de 2011

Thiago Neves e o BR 011

Creio que o método mais eficiente e consistente que um profissional, de um modo geral, tem à sua disposição para mudar conceitos em relação a si é deixar o verbo de lado e partir para a ação positiva. Thiago Neves seguiu esse caminho e mudou a opinião da maioria dos flamenguistas a seu respeito, inclusive a minha, que torci o nariz e cocei a cabeça quando o Flamengo realizou a primeira aproximação para a sua contratação. E assim, com seriedade, rigor e aplicação nos treinamentos, teve atuações destacadas com o manto e foi eleito pela crítica e pela galera, merecidamente, o melhor jogador do Campeonato Carioca de 2011. Esse rapaz superou todas as expectativas mais otimistas em relação a sua conduta dentro e fora de campo, vestiu o manto com transpiração e inspiração para se tornar, numa relação custo/benefício, na melhor contratação do clube este ano. Como rubro-negro, tem sido uma satisfação enorme vê-lo jogando no meu time. Como jogador de futebol, Thiago Neves se diz feliz por atuar no Flamengo. Uma simbiose perfeita.

Passando para o Campeonato Brasileiro, a mais importante competição do futebol tupiniquim começará no próximo fim de semana com o Flamengo enfrentando o Avaí, em Macaé, em uma partida que nos áureos tempos poderíamos contabilizar de antemão os três pontos para o início dos trabalhos, baseado em vários fatores, entre eles o de jogar em casa. Porém, ter o mando de campo não é garantia de provável vitória há muito tempo para o time rubro-negro que, nos dois últimos jogos no Rio de Janeiro contra times de fora, deixou para a torcida um pasivo representado por dois vexames em nível nacional. Quando saiu para decidir no Ceará, apresentou-se bem nas duas partidas de volta pela Copa do Brasil, embora tenha sido eliminado desta através do empate obtido no Presidente Vargas na última quarta-feira.

Apesar de tudo, estou otimista em relação ao desempenho do Flamengo na competição, na qual poderá sair na frente derrotando tanto o Avaí quanto o Bahia, nas duas primeiras rodadas, embora considere que serão partidas difíceis como foram os outros 28 jogos até aqui disputados neste 1º semestre, quando sofreu apenas uma derrota. É verdade que Vanderlei Luxemburgo ainda não deu ao time um padrão eficiente de jogar, mas também não é menos verdadeiro que um torneio de futebol não se trata de uma aferição de caráter absoluto, como numa prova em que o aluno tenha que tirar uma nota 8, no mínimo. É relativo, e aí repousam os motivos das minhas expectativas positivas pois, com uma exceção para o time do Santos, todos os outros poucos clubes cantados em prosa e verso como os melhores do país, no momento, também caíram do cavalo na Libertadores, na Copa do Brasil ou nos Estaduais.

O Brasileirão não será vencido por um time quase perfeito que não existe por aqui. Muita bola vai rolar até dezembro próximo e o Flamengo está no páreo, cabeça com cabeça, e não nos esqueçamos de fevereiro de 2009, quando o então presidente Marcio Braga bateu o martelo:- "Acabou o dinheiro!". Mas as soluções surgiram.

O final feliz da história todos sabem.

SRN!