quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Testemunhando o Fim de uma Geração

Bom dia, Buteco! Que joguinho o de ontem, hein? Um joguinho a mais que apenas serviu para, penso, confirmar algumas certezas que já haviam sido constatadas na partida anterior: que o ano se arrasta para o final sem maiores expectativas além da fuga do rebaixamento; que é preciso uma renovação drástica no elenco e que agora temos um treinador que conseguiu fazer os ajustes necessários para a equipe chegar até o final do ano sem maiores estrépitos.


Enfrentando um sério candidato ao título, o Flamengo começou a partida envolvido, mas sem a sorte de "achar" um gol, tal qual na partida contra o forte Internacional. E o primeiro tempo poderia ter terminado pior se o treinador deles não fosse o Tite... Veio o segundo tempo e, como o nosso é o Luxemburgo, logo marcamos em um lance de... bola parada! Claro, não poderia ser de outra forma, e quem sou eu para reclamar?! Tá bom demais! Quer dizer, não está, até poderíamos ter virado, mas a verdade é que falta qualidade para tanto. Menos mal que o segundo tempo foi do Flamengo, mas realmente fica difícil fazer algo quando o que de mais talentoso que temos é o Marquinhos, seguido do Renato Abreu, sendo o Kleberson a opção no banco, pois nem conto mais com o saudoso Petkovic.


O menino Diego Maurício nem sabe e nem tem com quem tocar a bola, coitado; ao seu lado um decadente Dêivid e um Diogo que, sinceramente, olhem, podem mandar embora e gastar o dinheiro dos salários com outro. Quem sabe algum time paulista se anima com ele para o ano que vem... E o Juan? O que dizer desse moço (tem menos de 30? Para mim ainda é moço!), que já foi um lateral esquerdo de seleção?

Bem, não há dúvidas de que esse elenco estagnou. Não dá mais para continuar. Deu o que tinha que dar. Ano que vem é fundamental haver uma ampla e completa renovação e creio que a vasta experiência do nosso grande treinador recomendará e efetivamente comandará a sua realização.

Não há o ditado que diz que na vida tudo o que há de bom um dia acaba? Pois é o que parece ter havido com essa geração. Testemunhamos, então, o seu fim. Então, que o façamos com respeito, reconhecendo o passado, claro que sem fechar os olhos para a impossibilidade de que, no futuro, continue no clube.

Por isso mesmo, não estou aqui para atirar pedras. Pelo contrário, sem prejuízo de, no final do ano, render as justas homenagens, começo aqui um agradecimento pelos serviços.

Tudo começou aqui

Copa do Brasil de 2006. Quatro anos e pouco se passaram com uma base, algo raro no futebol de hoje e que, convenhamos, rendeu frutos. Foram essa Copa do Brasil, um tricampeonato estadual e um título brasileiro. Uma geração que pode bater no peito e dizer que foi vencedora no Clube de Regatas do Flamengo. E, para não parecer ingrato pelas críticas pela partida de ontem, fica aqui o meu muito obrigado. Claro, pretendo escrever outra coluna, após o final do campeonato, agradecendo todo mundo, rendendo a justa homenagem que todos merecem, inclusive aquele goleiro.



Com algumas mudanças aqui e acolá no elenco, saímos de um jejum de dezessete anos sem títulos brasileiros, conquistamos a hegemonia em estaduais, passando o Fluminense, e voltamos a disputar com alguma frequência a Taça Libertadores da América. Faltou esse título? Tudo bem. Foi o começo. Esse trabalho pode ter continuidade. A gente chega lá. Claro que isso não retira o brilho do que foi conquistado. Valeu, galera.

A esperança da renovação.
Moleque Fio Desencapado.

Pois é, amigos. A vida segue. O Flamengo continua e todos os ídolos e atletas, por maiores que sejam, passam, deixam o seu legado, e o que fica é a Nação Rubro-Negra, a paixão vermelho-e-preta, esse amor que não acaba nunca, que nos acompanha a cada momento de nossas vidas. E tem um moleque que consegue nos encher de esperança e nos fazer acreditar no futuro. Ele se chama Diego Maurício. E qual seria a melhor forma de aproveitá-lo?

A notícia do possível desejo do Adriano de sair da Roma trouxe-me o pensamento de quem deveria ser o companheiro do nosso promissor atacante ano que vem. Não, amigos, não estou defendendo a volta do Imperador. Sei das consequências extra-campo que isso pode acarretar. Na verdade, analisando apenas o aspecto técnico, eu me recordei da importância que o Renato Gaúcho teve para o Bebeto deslanchar no ataque do Flamengo, do Roberto Dinamite em relação ao Romário no Vasco, do Robinho em relação ao Neymar no Santos, ou mesmo de ter na Gávea uma referência como o Zico, que foi inspiração para, naquela posição, surgirem, logo após a sua aposentadoria, Djalminha e Marcelinho. Daí eu ter pensado no Adriano, claro que dando atenção apenas ao lado futebolístico; no quanto seria extraordinário e fantástico, exclusivamente sob esse aspecto, o Diego Maurício jogar ao ao lado de um jogador tão inteligente. Contudo, como a vida não é assim, do jeito que a gente quer, tirando o que tem de ruim e ficando apenas com o que há de bom, eu sei que isso não é possível, pois temos que levar sempre o "pacote completo"; por isso, não o tomem como uma sugestão, mas apenas como o pontapé inicial para discutirmos o tema.

Eu gostaria de ter um grande atacante ao lado do Diego Maurício ano que vem; alguém que acrescentasse algo à formação do moleque. Vamos aos nomes?

Despeço-me de vocês nessa quinta-feira, às vésperas de um longo feriado sem jogo do Mengão. Estarei aqui no Buteco batendo ponto todos os dias. Não me deixem sozinho, hein?

Bom dia e SRN a todos!