quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Importância do Ataque

Bom dia, Buteco! Para quem não conhece, apresento-lhes o Gavião-Real ou Hárpia (Harpia harpyja), animal endêmico no Brasil e que é é a mais pesada e a maior ave de rapina do mundo, com envergadura de 2,5 metros e peso de até 10 quilogramas. Um de seus apelidos é "Águia-dos-Macacos", porque os pobres címios são uma de suas presas prediletas. Para se alimentar desse tipo de animal, a natureza lhe dotou com poderosas armas de ataque, o tema principal da coluna de hoje, de modo a não dar chances ao adversário.


E ataque, como não poderia deixar de ser, me lembra futebol! O nosso Estagiário merece os devidos encômios por haver montado um esquema defensivo pra lá de razoável, pois, afinal de contas, na 12ª rodada tem a terceria defesa menos vazada com dez gols. Parabéns ao nosso Estagiário! Entretanto, e longe de ser um deboche ou qualquer coisa do gênero, tais números, sem outros ao menos parecidos no ataque, não significam muita coisa, o que a História recente do Clube de Regatas Flamengo no campeonato brasileiro da primeira divisão demonstra.


Na coluna da semana passada toquei no assunto rebaixamento e muitos amigos acharam exagero. Não tenho a pretensão de fazer ninguém mudar de ideia; fico satisfeito se ao menos passarem a refletir a respeito do assunto. Então, vamos lembrar os campeonatos brasileiros de 2004 e de 2005 (usei como fonte a Wikipedia), que fazem parte do período da História do Flamengo que "carinhosamente" chamo de "anos de chumbo", acho que não preciso explicar o porquê.


Pois bem, então. Vamos aos fatos e aos respectivos números. Não é que, em 2004, o Flamengo ficou com a quarta defesa menos vazada, com 54 gols? Mas isso não adiantou muito em nível de classificação porque a equipe ficou com a 15ª posição; ainda na primeira divisão, é claro, mas com a torcida envergonhada e insatisfeita. Outro número talvez explique o que estou querendo demonstrar: o Flamengo ficou com o segundo pior ataque do campeonato, com 51 gols.


Vamos agora a 2005, ano em que eu acho que o meu argumento ganha ainda mais força. O Flamengo, com 60 gols, teve a sexta defesa menos vazada do campeonato e novamente o 15º lugar, como se fosse seu lugar cativo. O seu ataque, contudo, foi o quarto pior e, prestem atenção, todos os times que marcaram menos gols que o Flamengo ficaram atrás na tabela, três deles na ZR, sendo que o último colocado teve, disparado, o pior ataque. É só conferir.


A nossa situação hoje é a de terceira defesa menos vazada e de quarto pior ataque. Alguma semelhança ou mera coincidência?


Repito que não quero convencer ninguém a respeito de coisa alguma; peço apenas que reflitam, especialmente levando em consideração que o campeonato não está nem na metade.

COMO VENCER O CORINTHIANS NO DOMINGO?


Fica a pergunta. Lembro que o adversário tem o ataque mais positivo do campeonato. Mas não é imbatível, muito pelo contrário; foi amplamente dominado pelo Palmeiras no segundo tempo do jogo de domingo passado, o que reforça a minha tese de que o campeonato está ainda no início. Então, vou colocar alguns poucos pontos que observei nas últimas partidas, aguardando outras sugestões dos amigos.
Quando na terça-feira, nas sugestões pedidas pela doutora Lívia Gesta, eu sugeri que o Zico ministrasse treinamentos de finalização, eu não estava brincando. Pôxa vida, e os gols que o Pachecquinho e o Borja perderam nos últimos dois jogos? É evidente que esse fundamento precisa ser treinado e por que não por um senhor que, enquanto jogava, como meia avançado, marcou mais de oitocentos gols?


Vamos porém a sugestões práticas. É normal explorar os contra-ataques jogando fora de casa. Um problema que notei nos últimos jogos, porém, é que os nossos laterais, que não raro puxam os contra-ataques pelas meias direita e esquerda, têm entregado a bola nos pés dos defensores adversários. Esses erros de passe não podem ocorrer e espero que tenha sido algo observado durante os treinamentos da semana. Ainda dá para treinar hoje e amanhã, meu caro Estagiário!


Mais do que nunca, será preciso marcar os avanços do Corinthians pelas extremas, com o Jorge Henrique, e olho no Roberto Carlos. Nada de faltas perto da área!


Vou me despedindo por aqui, amigos, desejando um bom dia a todos e pedindo a todos que dêem sugestões ao nosso Estagiário de como melhorar o rendimento do ataque e como vencer o Corinthians no domingo.


SRN a todos!