quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Flamengo de Patrícia Amorim





O Flamengo nasceu como um clube de remo, um clube de regatas. Quis o destino que o futebol se tornasse o esporte mais popular do planeta e que o Clube de Regatas do Flamengo viesse a ter A MAIOR TORCIDA DO MUNDO NO ESPORTE MAIS POPULAR DO PLANETA.


Essa foto exprime o regozijo de uma menina feliz pela conquista histórica da Presidência do Maior Clube de Futebol do Mundo.


Porém, coom o poder vêm as responsabilidades.

A Nação Rubro-Negra, espalhada pelo mundo com mais de quarenta milhões de pessoas, tem por desejo voltar aos tempos de glória, a ser o Flamengo nacional e internacional, que disputa os principais títulos de futebol profissional do continente e do mundo.


Parte desse sonho foi conquistado ano passado, na gestão que antecedeu a atual, com a conquista do sexto título brasileiro, marca que apenas um clube no país pode se orgulhar de ostentar.


Isso, porém, não basta; não para o Flamengo Internacional, não para o Flamengo que já teve o mundo aos seus pés. E isso, Presidenta, a senhora não tem como mudar, nem que esse seja o seu desejo, simplesmente porque a senhora não tem como contrariar mais de quarenta milhões de pessoas.


É objeto de desejo da Nação Rubro-Negra, da torcida do Flamengo, a Copa Libertadores da América, em cujas duas últimas edições das quais o clube participou a torcida vivenciou derrotas humilhantes e um sofrimento desesperador.


A senhora Patrícia Amorim recebeu o Clube de Regatas Flamengo campeão brasileiro de 2009. Desde então, porém, assistiu passivamente a esbórnia, a baderna e o caos tomarem conta do Departamento de Futebol do clube.


Viu, e consentiu, com a renovação de contrato do então treinador mediante a intervenção de um atleta. Viu, e consentiu, com o então vice-presidente de futebol aceitar essa pachorra e ainda declarar em público que esse atleta, e outro que não aceitou tamanha “honraria”, poderiam faltar quando bem entendessem, nada obstante os polpudos salários que recebem mensalmente. Viu, e consentiu, com que um chamado “Grupo Paralelo”, composto por atletas, em substituição à comissão técnica, elaborasse a planilha de treinamentos do elenco de futebol profissional.


Assistiu empávida tudo acontecer, como se aguardasse a incineração de quem não fez parte de sua base de apoio, e, quando o caldo entornou, quando a situação se tornou absolutamente insustentável, demitiu o então treinador, antes vitorioso e competente, mas então, e já há algum tempo, mera samambaia decorativa. Transpareceu se tratar de uma mulher de pulso forte, preparada para exercer o poder dessa Nação.

Meras aparências. Mero jogo de cena.


O Flamengo disputou as oitavas-de-final da cobiçada Libertadores/2010 com um treinador que JAMAIS dirigiu uma equipe de futebol profissional adulta em toda a sua vida. Enquanto isso, o Fluminense, clube de menor estrutura, menor estatura, menor orçamento, contratou um dos treinadores mais vitoriosos dessa década, que se oferecia ao Flamengo, que esperou o Flamengo, sob o olhar impávido e passivo da presidenta.


O Flamengo, no jogo de volta das oitavas-de-final da Libertadoes da América, entrou em campo com uma escalação que foi sobrepujada e destroçada nos jogos pela Taça Rio contra Vasco da Gama e Botafogo, dois clubes que, nada obstante a tradição que possuem, não têm hoje time nem elenco de futebol profissional dignos de suas histórias, sendo nivelados com clubes que disputam a segunda divisão do futebol brasileiro.


No banco, nesse confronto, graças à incompetência e obtusidade do estagiário nomeado pela Presidenta, um pentacampeão mundial e um dos maiores ídolos da história recente do clube.


O Flamengo foi assim escalado porque a sua presidenta, se descurando de suas obrigações estatutárias e se omitindo de seu dever como mandatária, designou a tarefa de conduzir sua equipe de futebol profissional nas oitavas-de-final da Copa Libertadoes da América a um estagiário, um jovem sem a menor experiência e capacidade de conduzir a equipe, que está sendo treinado pelo Flamengo e não treinando o seu elenco de futebol profissional.


O Flamengo foi massacrado de forma vergonhosa no primeiro tempo da partida de uma forma que poucas vezes foi vista em sua história.


Quis o destino que o Flamengo se classificasse.

Agora, Presidenta, a senhora precisa agir, assumir a responsabilidade que tem em razão do cargo que ocupa.


PRESIDENTA, ASSUMA AS SUAS RESPONSABILIDADES, NÃO SE OMITA E CONTRATE UM TÉCNICO DE FUTEBOL PARA O FLAMENGO. A SENHORA NÃO PODE TORNAR O FLAMENGO DO TAMANHO DA SUA BASE DE APOIO.





AS QUARTAS-DE-FINAL



Dou como favas contadas a classificação do Universidad de Chile, que venceu o primeiro jogo fora e deve amanhã confirmar a vaga em casa.


Defino o nosso próximo adversário da seguinte forma: frio, calculista, objetivo, pragmático, dedicado e impiedoso.


Contra ele, disputamos seis pontos e levamos um.


É candidato ao título. Não considero o Flamengo favorito.


Precisamos de técnico e de estratégia.


Com esse meio de campo, com esse treinador obtuso, cego e incompetente não há a menor condição de continuar.


Perdoem-me pelo tom crítico, mas eu quero ser campeão da Libertadores.


Chorem Gambás!
Fiquem na fila. Tentem novamente. Quem sabe um dia vocês atravessam a rua e conquistam 0 continente...