quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Até onde isso vai? Patrícia Amorim, por favor tome uma providência!

Marcos Braz x Andrade.
Estamos diante de algum conflito em curso no Departamento de Futebol do Flamengo ou é apenas marola da imprensa em época de poucas notícias e muita especulação?
Em meus comentários já havia dito que me desagradou a forma pela qual a negociação com o Andrade foi conduzida. Sim, Andrade falou demais, pela tromba, e revelou mágoas, necessidade de botá-las para fora, etc. Mas Marcos Braz pareceu querer fazer do episódio um marco e firmar sua "autoridade" como vice-presidente de futebol recém-escolhido por Patrícia Amorim.
Vejo hoje a arrastada e mais complicada ainda renovação com Ronaldo Angelim sendo tratada com muito mais discrição. Espero que isso já seja fruto de alguma reflexão e de exercício da auto-crítica.
Agora, no noticiário de hoje, leio algo que me desagrada: Andrade cobrando reforços e até mencionando nomes. E leio depois algo que me desagrada mais ainda: Marcos Braz o desautorizando, até com alguma ironia, a mesma utilizada para rechaçar cobrança em relação a contratações.
Querem saber? Quando Marcos Braz disse que "a relação não será mais a mesma" eu realmente comecei a temer pelo futuro. Poxa vida, mas isso não é algo que namoradas dizem pra gente quando pisamos na bola? "A relação não será mais a mesma", dizem, como que pedindo um afago, atenção, uma demonstração de que o fato não se repetirá. Essas palavras, saindo da boca de um vice-presidente de futebol e dirigidas a um treinador cujo apelido é "Tromba" ficaram pra lá de esquisitas...
Brincadeiras à parte, acho que em um Departamento de Futebol há que existir hierarquia e que não é papel de treinador ficar cobrando reforços na imprensa nem mesmo mencionando nomes, ainda mais de dificílima contratação. Então, acho que o Andrade deveria "recolher a tromba".
Contudo, se um vice-presidente de futebol não se mostra capaz de se sentar e, com um "papo-reto", explicar isso ao subordinado e delimitar bem o que cada um pode dizer à imprensa, ainda mais quando esse subordinado é alguém não afeto a estrelismos e embates, mas sim alguém de diálogo, ouso recorrer à série "perguntar não ofende" e indagar o que diabos ele pensa que está fazendo lá? Será que Marcos Braz tem alguma ideia do que seja o Departamento de Futebol do Flamengo em crise e ebulição? Pergunto isso porque dá a impressão de que ele não sabe...
Ao meu ver, enquanto a coisa está no começo, Patrícia Amorim deveria, com o seu charme, dar uma "cravada" em ambos e exigir que cada um cumpra o seu papel e, o mais importante, protegendo a imagem do clube e de seu Departamento de Futebol dos coiotes da imprensa. É melhor que isso seja feito agora do que em um momento de pressão que certamente virá.
PS.: Gosto e sou grato ao Marcos Braz pelo trabalho feito na fogueira ano passado. Agora, tenho a impressão que ele tem uma necessidade de passar uma imagem de durão que é absolutamente desnecessária.