segunda-feira, 14 de julho de 2025

Líder e em Crise!

 

Salve, Buteco! Treinador com absurdos 75% de aproveitamento, vitória com autoridade sobre um adversário de camisa pesada e historicamente complicado no retrospecto, liderança isolada e... Crise no Flamengo! SuperFili "explanou" o camisa 9 Pedro na coletiva pós-jogo, não apenas explicando os motivos do afastamento da lista de relacionados para o jogo de sábado, mas indo muito além e criticando duramente a conduta profissional do atleta, relatando episódios de "corpo-mole" e de "deboche".

Sabemos que não é a primeira vez. Desde os tempos em que Rogério Ceni era o treinador do Flamengo, Pedro arruma uma quizumba quando não é titular. O inesquecível soco na cara que levou do preparador físico Pablo Hernández, da comissão técnica de Jorge Sampaoli, talvez seja um episódio que, muito embora continue sendo injustificável, agora ganha um enredo mais contextual, se assim posso defini-lo. 

Andou circulando na rede até um vídeo do Dorival falando sobre a conversa que precisou ter com o rapaz no início da sua última passagem pelo Mais Querido do Brasil (e do Mundo). Vídeo este que se soma ao do Ceni, ao do David Luiz... 

Enfim, a coletiva de SuperFili remete a um contexto antigo e corente. É óbvio que não se trata de uma mega conspiração contra o Artilheiro das Reverências. São apenas os fatos, historicamente comprovados.

Por essas e outras, cansei do Pedro. Ninguém precisa me lembrar da qualidade técnica dele, mas devo confessar que cansei, como há muito tempo já  cansei do boleirismo extremado do jogador de futebol brasileiro padrão. Baladas, individualismo, conspirações para derrubar treinadores, descompromisso tático, etc. É bem verdade que o nosso querido "Harry Crente" não tem nada de baladeiro, mas certamente tem muito de conspirador quizumbeiro individualista.

Aliás, devo ser 100% transparente com vocês: desde o episódio da "caganeira" na final da Copa do Brasil/2022, eu olho meio torto para o Queixada. E essa falta de disposição para cumprir a função defensiva, para além do estrelismo de exigir a titularidade absoluta, acabou de vez com o meu estoque de paciência, que já estava na reserva.

Vejo com bons olhos uma saída, a depender da reposição. Boatos dão conta de que seria um certo centroavante com nome de uma ave endêmica em centros urbanos no mundo afora.

Que São Judas Tadeu nos livre dessa ameaça.

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Desnecessariamente - pois essas crises são todas típicas do Flamengo, porém absolutamente desnecessárias -, a Nação Rubro-Negra estava "uma pilha de nervos" antes da partida contra o São Paulo. Felizmente, o time, dentro de campo, comprovou que não havia motivos para tanto receio.

Acredito que a campanha na Copa do Mundo de Clubes tenha marcado definitivamente o perfil da equipe, mais parecido com o time do Campeonato Brasileiro, impositivo, que aplicou goleadas e venceu importantes confrontos diretos. A dúvida está na resistência de algumas peças.

Allan fez ótima partida no sábado, preciso dar o braço a torcer e fazer esse registro. Ocorre que o problema dele, na minha modesta opinião, não é futebol que todo mundo sabe que possui, como comprovam as passagens por Fluminense, Liverpool e Atlético Mineiro, e sim a baixa minutagem decorrente das constantes contusões. 

E não é só o Allan. O planejamento  prevê um elenco enxuto de 25 jogadores, mas há muitas peças que não têm condições de resistir à maratona de jogos.

E cadê o nosso dublê de espécime da fauna fluvial da Amazônia e diretor técnico do Flamengo?

Anda sumido, reservado... O que, aliás, pode até ser uma boa notícia. Melhor ficar calado do que tomar exposed de jornalistas, alguns de décima quinta categoria. 

O problema é que, até aqui, temos exatamente zero contratações e já adentramos o quarto dia pós-abertura da janela de registros, com o Campeonato Brasileiro voltando a todo vapor.

Há adversários disputando palmo a palmo o título brasileiro com o Flamengo. Dentre eles, o Cruzeiro tem um Kaio Jorge em estado de graça, enquanto o Boto do Rio não contrata ninguém.

Assim fica muito complicado...

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Venho criticando muito o Boto do Rio de Janeiro, mas não apoio os pedidos para a sua saída. O trabalho de negociações e depuração do elenco, com vendas e contratações, é de fato muito importante, porém é a faceta mais aparente entre diversas outras atribuições importantes, como, por exemplo, a montagem da equipe de scouting e as mudanças nas categorias de base.

Será que a saída do diretor técnico representaria a saída de funcionários por ele trazidos e que estão apenas começando importantes mudanças estruturais, implementando uma série de processos dentro do Departamento de Futebol?

Aliás, a base conectada ao profissional é um dos pilares para um salto de qualidade no Departamento de Futebol.

O profissionalismo tem seu preço e nele está embutida a instabilidade nesse início de implementação. Não é hora de soltar as piracatingas. Não agora.

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A palavra está com vocês.

Uma semana abençoada pra gente.

Bom dia e SRN a tod@s.