quinta-feira, 15 de maio de 2025

Esquenta: Flamengo x LDU, pela 5ª Rodada do Grupo C da Libertadores/2025

 

Salve, Buteco! Uma avaliação bastante difundida sobre o adversário de hoje à noite é de que se trata da "pior LDU que já vi". Bem, eu não chegaria a tanto. A Liga já teve pelo menos duas participações bem fracas na fase de grupos em edições da Libertadores neste século, como em 2000 (2e, 5d e 0x6 Corinthians) e 2009 (1v, 1e e 3d, até para o Sport Recife). Porém, acho que podemos reconhecer que, mesmo quando não passou para as oitavas de final, houve pelo menos um ano no qual o grupo parecia ser muito forte, caso de 2016, quando enfrentou os à época muito fortes Grêmio e Toluca.

Em relação ao grupo da edição passada (2024), vejo algum equilíbrio com o atual, talvez com a diferença de que o Universitário de Lima foi bem mais competitivo do que o saco de pancadas do atual Grupo C, o Deportivo Táchira. Devemos considerar, também, que o Junior de Barranquilla terminou na primeira colocação e o Botafogo, que viria a ser o campeão do torneio, em seu ano mágico, foi apenas o segundo colocado.

O que caracteriza a atual LDU (2025), muito mais do que a difícil comparação "melhor x pior" de temporadas passadas, é, na minha modesta opinião, a vocação defensiva, com linhas baixas, somada à  transição ofensiva bastante rápida e vertical, o famoso contra-ataque, no linguajar (ainda) mais popular e tradicional. Essa característica tem, ao meu ver, um lado bom e outro ruim para o Flamengo.

Começando pelo pior, não é difícil perceber que enfrentar um time com essas características sem o volante titular (Erick Pulgar) e o primeiro reserva, ainda que inconstante (Allan), oferece inegáveis riscos, especialmente quando o segundo reserva é o jovem cria Evertton Araújo. Os 3 (três) gols marcados na fraca e "ultra vazada" defesa do Táchira são um sinal de alerta, até porque ninguém marcou tantos gols nos venezuelanos jogando em San Cristóbal.

Existe, porém, um lado bom, por mais estranho que possa parecer. É que, para ser 1⁰ do grupo, e mesmo precisando fazer saldo de gols, talvez seja melhor vencer hoje por um placar simples (1x0) e por um placar mais elástico no último jogo, de modo a que a LDU chegue com chances (saldo) de se classificar na última rodada. Nestas condições, uma defesa pouco vazada não deixa de vir a calhar.

Sim, é estranho, muito estranho e, na vedade, bem mais do que isso, chegando a ser paradoxal; porém observem que, se o Flamengo aplicar um placar como o dos jogos contra Juventude e Corinthians, na prática automaticamente eliminará a LDU da Libertadores, eis que são remotas as chances de goleada dos equatorianos sobre o Central Córdoba, atual líder invicto do grupo, na última rodada. Os argentinos têm se notabilizado por levar gols, mas também por, no mínimo, não perder os jogos. E o ataque da LDU, como sabemos, não é lá essas coisas, ao menos como mandante.

Neste indesejável cenário dos equatorianos já garantidos na Sul-Americana e sem chances concretas de se classificar para as oitavas de final da Libertadores, o jogo de Quito se transformaria em um amistoso que muito provavelmente deixaria o Flamengo na segunda posição do Grupo C. Por que a LDU se desgastaria para vencer em tais condições? A rivalidade comum contra o Fluminense não justificaria o esforço, ainda mais depois de uma goleada sofrida.

Eis então o paradoxo com o qual o Flamengo se deparará na noite de hoje no Maracanã. É para vencer, mas sem judiar demais da Liga, nossa coirmã.


Nos volvemos a encontrar amigo , que gane el mejor. 🤝
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Para que essa saudável amizade se mantenha, 1x0 hoje está de bom tamanho. Bastará, na última rodada, que cada um faça a sua parte, especialmente o Mais Querido do Brasil (e do Mundo) contra o saco de pancadas venezuelano. Sei que esta última parte tem sido um tanto difícil na Libertadores, mas nenhum de vocês negará que o cenário seria altamente favorável, certo?

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É tudo muito bonito na teoria, mas a realidade concreta aponta para a difícil decisão de quem escalar na "primeira volância" hoje à noite. O cria Évertton Araújo, cujo nome alguns amigos meus se recusam a pronunciar, chamando-o apenas de "Número 52", ou uma improvisação de Léo Ortiz?

A improvisação impactaria a rodagem do elenco e o controle de minutagem. Desde que voltou dos quase dois meses de contusão, Danilo não jogou nenhuma vez, consecutivamente, no meio e no final de semana. Logo, a utilização de um Cria (Évertton Araújo ou João Victor) viria a ser inevitável no domingo, contra o Botafogo.

O jogo de hoje, porém, é de maiores risco e urgência, daí eu me posicionar pela improvisação.

E vocês?

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O Ficha Técnica subirá as 19:00h, a bola rolará no Maracanã as 21:30h e a palavra está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.